Rio de Janeiro

CRIME EM FAMÍLIA

Cassação da deputada federal Flordelis deve ser votada nesta semana

A parlamentar é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Deputada Flordelis
Deputada do PSD é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada - Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A cassação da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) deve entrar em pauta nesta semana na Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na manhã desta segunda-feira (9).

“Temos uma semana intensa com [a votação da] reforma tributária, com a pauta da cassação ou não da deputada Flordelis [e] com o preparativo de outras matérias importantes”, afirmou Lira, em entrevista à Rádio CBN.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, a votação deverá acontecer na quarta-feira (11). No alto comando da Câmara não há dúvida que o plenário votará pela cassação de Flordelis.

Em junho, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal aprovou o parecer que recomenda a cassação do mandato da deputada Flordelis. A parlamentar é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019.

O placar da votação foi de 16 votos a um, com divergência do deputado Márcio Labre (PSL-RJ). Para o relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), a morte foi resultado de uma disputa de poder entre Flordelis e Anderson. O pastor seria o "514º parlamentar" da Câmara, que possui 513 cadeiras.

Leia mais: Representação contra Flordelis é encaminhada ao Conselho de Ética da Câmara

O que diz a deputada?

Numa publicação em suas redes sociais no dia 5 de agosto, a parlamentar se manifestou sobre o processo de cassação.
 
“Confio que os Deputados e Deputadas não irão ceder a esses apelos sensacionalistas da mídia, mas farão uma votação justa, com base na democracia de nosso país que prega a garantia da presunção de inocência, onde uma pessoa não pode receber uma punição sem que antes seja julgada e condenada oficialmente, trâmites que sequer ocorreram até então.”, escreveu.

Acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e ré na Justiça por homicídio triplamente qualificado (uso de meio cruel, motivo torpe e que impossibilita a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada, Flordelis nega todas as acusações.

Edição: Jaqueline Deister