Rio de Janeiro

CRIME EM FAMÍLIA

Representação contra Flordelis é encaminhada ao Conselho de Ética da Câmara

A parlamentar é acusada pelo MP-RJ de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Deputada nega o crime e alega erro no processo de investigação - Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, nesta quarta-feira (28), encaminhar uma representação contra a deputada Flordelis (PSD) ao Conselho de Ética da Casa. 

A parlamentar é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros em junho de 2019, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Detalhes da investigação revelados em agosto deste ano para a imprensa, apontam que a deputada tentava matar o marido desde 2018 por envenenamento de arsênico na comida do pastor. 

Em sua defesa, a deputada afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído. Por ter imunidade parlamentar, Flordelis segue em liberdade, mas, desde o 8 de outubro, tem sido monitorada por uma tornozeleira eletrônica.

Leia mais: Flordelis é denunciada à Corregedoria da Câmara dos Deputados e pode perder mandato

De acordo com a Agência Câmara, para que o Conselho de Ética analise o processo contra Flordelis, o Plenário da Casa deve votar na semana que vem um projeto de resolução que permite o funcionamento das comissões de forma remota. Os 21 deputados que compõem o colegiado já foram indicados pelos partidos e haverá um sorteio para decidir quem será o relator do caso de Flordelis.

O corregedor da Câmara, Paulo Bengtson (PTB), afirmou que o encaminhamento do caso é uma resposta para a sociedade.

"Eu sei que todo mundo queria que fosse logo julgado no outro dia, mas isso não pode acontecer. Isso traria instabilidade jurídica e, com certeza, a defesa da deputada poderia no caso trazer novidade ao processo. Fizemos tudo de acordo com o regimento da Casa para que não tivesse nenhum tipo de dúvida", explicou.

Edição: Jaqueline Deister