Rio de Janeiro

Complexo do Gericinó

Protesto de policiais penais impede dia de visitação de familiares em Bangu, no Rio

Visitantes ficaram revoltados e organizaram outro protesto; Seap diz que está apurando responsabilidade dos agentes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A manifestação que impediu a entrada de familiares foi organizada por policiais penais - Reprodução

Na última terça-feira (26), um protesto foi organizado nos arredores do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, por familiares de pessoas em privação de liberdade para que pudessem entregar comidas e mantimentos. Segundo relatos de familiares e advogados que estavam no local, um grupo de policiais penais que se manifestava na porta do presídio impediu a entrada de visitantes no local.

Com os protestos e o tumulto gerado na entrada do presídio, o dia de visita foi interrompido e os visitantes que esperavam para entrar ficaram revoltados. Durante grande parte dos protestos, visitantes que já estavam no presídio foram impedidos de deixar o local.

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A manifestação que impediu a entrada de familiares foi organizada por policiais penais, por meio do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Rio de Janeiro. Os agentes de segurança reivindicavam melhores condições de trabalho e reajuste de salário. Em assembleia realizada na última segunda-feira (25), a categoria decidiu entrar em greve parcial e realizar o protesto na terça. O sindicato decidiu manter as manifestações até o dia 31 de março, sempre a partir das 7h da manhã. Eles chamam os protestos de Operação “Dentro da Lei, Cumpra-se Sem Improviso”.

Segundo informações do portal G1, no final da tarde, equipes do 14ºBPM (Bangu) foram acionadas para reforçar o policiamento na região. Em nota enviada ao portal, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que "está concentrando todos os esforços necessários para garantir o pleno funcionamento do sistema prisional, preservando todos os direitos fundamentais dos presos, o que inclui serviços de saúde e alimentação e a visitação aos mesmos".

Sobre o episódio da última terça-feira (26), quando um grupo de visitantes foi impedido de entrar, a secretaria disse que já está apurando as responsabilidades dos servidores envolvidos e suas condutas.

 

 

Edição: Mariana Pitasse