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AEROPORTOS

Governo e Prefeitura do Rio vão a Brasília pedir ajuda para evitar esvaziamento do Galeão

Proposta é reduzir fluxo no Santos Dumont, que ficaria com os voos da ponte aérea Rio-São Paulo e entre o Rio e DF

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
aeroporto galeão
Medida visa retomar época em que aeroporto internacional tinha mais fluxo de passageiros - Tomaz Silva/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), estiveram em Brasília na última terça-feira (25) para pedir ao governo federal na tentativa de evitar o esvaziamento do aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão. O encontro ocorreu com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

A conversa, que terminou sem solução, tinha por objetivo traçar metas para fortalecer o aeroporto internacional, que nos últimos anos tem enfrentado queda no número de voos por estar localizado na Ilha do Governador, na zona norte da capital fluminense.

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Os representantes do Poder Executivo nas esferas federal, estadual e municipal terão um novo encontro daqui a 20 dias, prazo que o governo federal pediu para responder a Castro e Paes. No pedido, o governador e o prefeito que haja limitação de voos no aeroporto Santos Dumont, que fica no centro do Rio.

No detalhamento das sugestões enviadas ao governo federal, o governo e a prefeitura do Rio pedem que as rotas entre as capitais sejam transferidas para o Galeão, mantendo no Santos Dumont apenas os voos da ponte aérea Rio-São Paulo e entre o Rio e Brasília.

Castro e Paes entregaram ao ministro um estudo do governo do estado, da prefeitura e de entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), a Fecomércio e a Associação Comercial do Rio.

"As soluções que defendemos têm um único objetivo: fortalecer o Galeão, que é um equipamento importantíssimo para o Rio de Janeiro. Não é uma questão de ‘voos Rio’, mas sim de voos para o Galeão. Nossa proposta é clara: voos entre Santos Dumont–Congonhas e entre Santos Dumont–Brasília, e que os outros sejam transferidos para o Galeão", disse Castro após o encontro.

"Nossa proposta é muito concreta. Nós queremos dois destinos [no Santos Dumont]: Brasília e Congonhas. E o destino Rio ter mantido o mesmo número, mas equilibrar a balança, levar mais voos para o Galeão", afirmou Eduardo Paes.

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O ministro Márcio França afirmou que a União está empenhada em buscar uma solução para o Galeão em parceria com a prefeitura e o governo estadual. Ele também anunciou que nesta quarta-feira (26) conversará com a concessionária Changi Airport, de Singapura, para que a empresa informe se tem interesse em continuar a operar o aeroporto.

No ano passado, um decreto autorizou a relicitação do Galeão. Responsável por 51% da Riogaleão, concessionária responsável pelo aeroporto, a Changi anunciou a intenção de devolver a concessão por falta de equilíbrio financeiro. Existe a possibilidade de o governo federal recusar a devolução, em troca de um acordo que aumente o fluxo de passageiros no Galeão.

*Com informações da Agência Brasil

Edição: Eduardo Miranda