Rio de Janeiro

crime organizado

No Rio, operação policial investiga comércio ilegal e monopólio da venda de água na zona oeste

Garrafas de água com rótulos vermelhos e azuis eram comercializadas por traficantes e milicianos que disputam a região

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Um comerciante que teria negado comprar a mercadoria foi morto a tiros dentro do seu próprio estabelecimento - Reprodução/Polícia Civil

Nesta terça-feira (28), a Polícia Civil prendeu seis pessoas envolvidas na comercialização ilegal e monopólio da venda de água na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio de Janeiro. 

A polícia investiga se as garrafas de água com rótulos vermelhos e azuis seriam comercializadas por traficantes e milicianos que disputam a região. A ação também combate outras fontes de renda exploradas pela organização criminosa, como o serviço de internet.

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A operação teve participação de agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

Na última semana, um comerciante foi assassinado dentro do seu estabelecimento após ter se recusado a comprar a água da facção criminosa que atua na localidade. ​Segundo a polícia, o controle do comércio e de serviços ilegais geram grande lucro. Foram apreendidos materiais e ​uma central clandestina de internet​ foi fechada. ​ ​

A Gardênia Azul é dominada pela milícia de acordo com o "Mapa dos grupos armados do Rio de Janeiro", projeto do Fogo Cruzado e do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF). Desde o início do ano a região tem sido alvo de disputas entre entre grupos armados.

Edição: Clívia Mesquita