Rio de Janeiro

Prevenção

Estado do Rio lança programa de prevenção ao suicídio para agentes de segurança

Programa é voltado para policiais civis, inspetores de polícia penal e servidores que atuam com medidas socioeducativas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O objetivo do programa é traçar um diagnóstico das angústias e problemas sofridos por agentes de segurança - Foto: divulgação/Degase

A partir desta terça-feira (28), o estado do Rio de Janeiro adota um programa de prevenção ao suicídio voltado para policiais civis, inspetores de polícia penal e servidores que trabalham com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. 

O programa chamado de Segurança Q Previne vai ser coordenado pelo Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (Ippes), em parceria com o governo do estado e o Ministério Público do Trabalho (MPT). A ideia é que, no futuro, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também passem a integrar o projeto. 

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Policiais reclamam que trabalham pressionados e submetidos a longas escalas de plantão em locais perigosos ou em investigações estressantes. Uma mistura explosiva que tem provocado problemas sérios nas corporações.

Dados do Ippes, com base no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que 101 policiais civis e militares brasileiros cometeram suicídio em 2021. No estado do Rio, foram 15 casos. 

Outra pesquisa do Grupo de Estudo, Pesquisa e Prevenção ao Suicídio (Gepesp), vinculado ao Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio (Uerj), com 18.007 PMs, em 2014, mostrou que 3,6% já haviam tentado suicídio e outros 18% pensado em suicídio. Dos que tentaram, 88% relataram ter perdido um colega por suicídio.

O objetivo do programa, então, é traçar um diagnóstico das angústias e problemas sofridos por policiais civis, penais e agentes do Departamento Geral de Ações Sócio- Educativas (Degase) e assim tentar modificar a forma como esses servidores são cuidados nas instituições. A duração inicial é de dois anos.

Edição: Mariana Pitasse