Rio de Janeiro

Como fica?

TCE-RJ cobra informações ao governo do estado sobre o processo de licitação das barcas

Impasse entre concessionaria CCR e governo do estado entrava definição sobre como ficará o serviço após fevereiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A CCR é responsável pelo transporte em média de 40 mil passageiros por dia
A CCR é responsável pelo transporte em média de 40 mil passageiros por dia - Arquivo/Agência Brasil

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) está pedindo mais informações ao governo do estado sobre o processo de licitação das barcas. A atual concessionária, a CCR, anunciou no início de novembro que deixa a função em 11 de fevereiro, quando termina o seu contrato e o governo do estado do Rio ainda não apresentou indicações de que empresa assumirá ou como ficará o serviço após essa data.

A nova modelagem de licitação para o transporte aquaviário que está sendo elaborada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ainda não está pronta. 

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Segundo o governo do estado, o projeto em parceria com a UFRJ está dentro do prazo e existe um acordo com a CCR para que ela siga operando o serviço até que tudo esteja terminado para a nova empresa que vai operar as barcas.

No entanto, em reportagem publicada pelo Brasil de Fato, em 11 de novembro, a concessionária informou que as negociações com o Executivo não chegaram a um "bom termo" e que as atividades serão encerradas em 12 de fevereiro de 2023.

Nesta quinta-feira (1º), a Justiça marcou uma audiência para ouvir as partes.

A CCR é responsável pelo transporte em média de 40 mil passageiros por dia, operando as estações: Praça XV, Praça Arariboia, Charitas, Paquetá, Cocotá, Ilha Grande, Mangaratiba e Angra dos Reis. 

No dia 11 de novembro, faltando três meses para o fim do contrato estabelecido entre estado do Rio e CCR Barcas, venceu o prazo dado pela empresa ao governo para um acordo sobre a continuidade ou não da administração do modal.

O Grupo CCR alega prejuízo financeiro e reivindicava uma negociação com o governo para restabelecer o equilíbrio das contas, uma vez que a quantidade de passageiros tem sido inferior ao previsto no contrato, gerando perdas estimadas em cerca de R$ 1 bilhão, segundo reportagem do jornal Extra.

Edição: Mariana Pitasse