MOBILIDADE

No RJ, Supervia recebe segunda multa em menos de duas semanas: quase R$ 2 milhões

Empresa que opera os trens no Rio e na região metropolitana poderá sofrer novas sanções por deficiência no serviço

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Além de ação do Procon-RJ, concessionária virou alvo de CPI na Alerj
Além de ação do Procon-RJ, concessionária virou alvo de CPI na Alerj - Marcelo Horn/Supervia

O Procon do Rio de Janeiro aplicou multa de R$ 1,9 milhão à Supervia nesta quinta-feira (12) por falhas na prestação de serviço à população. Esta é a segunda multa em menos de 15 dias, já que na semana passada a empresa que opera o sistema ferroviária do Rio e região metropolitana foi penalizada em R$ 1,1 milhão.

Leia mais: Deputados do RJ acusam Supervia de usar calamidade da pandemia para não colocar trens expressos

Segundo o Procon-RJ, outros 16 autos de infração foram lavrados e seguem os trâmites legais. Isso significa que os processos poderão gerar novas multas à empresa concessionária nas próximas semanas.

A sanção é referente à fiscalização realizada nas estações de Engenheiro Pedreira, Comendador Soares e Austin. Os agentes flagraram má conservação das estações, atraso na circulação dos trens, falta de orientação e de controle de acesso ao vagão feminino, ausência de acessibilidade e risco iminente à segurança do consumidor devido ao espaçamento irregular entre a composição e a plataforma.

As operações realizadas pelo Procon-RJ nas estações da Supervia começaram em 8 de abril, mais de um mês depois que deputados estaduais do Rio de Janeiro abriram uma CPI para investigar o serviço prestado pela empresa e a fiscalização insatisfatória, segundo alguns integrantes da CPI, do governo do estado e da agência reguladora de transporte público, a Agetransp.

Leia também: RJ: Instalação de câmeras em uniformes de agentes policias atrasa e não tem prazo de início

O Procon-RJ informou que, desde o início da ação, 38 estações foram fiscalizadas e 18 autos de infração foram lavrados.

Entre os problemas encontrados, foi constatada superlotação em 12 pontos, enquanto atrasos foram identificados em outros sete. Presença de homens no vagão feminino, espaçamento irregular entre o trem e a plataforma, ausência de informação clara sobre os horários e destinos dos trens também foram registrados em várias estações.

Os fiscais também relataram problemas frequentes de acessibilidade, seja por ausência de elevadores, de escada rolante ou de piso podotátil em determinadas áreas das estações.

O Brasil de Fato entrou em contato por e-mail com a Supervia e a concessionária respondeu que "não vai comentar" o caso.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda