Rio de Janeiro

CONSELHO DE ÉTICA

Câmara Municipal do Rio adia decisão sobre denúncias contra vereador Gabriel Monteiro

Polícia investiga vazamento de vídeo íntimo de vereador com jovem de 15 anos e deputado entrega mais vídeos em delegacia

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Gabriel Monteiro
Denúncias de assédio moral e sexual, além de estupro, que teriam sido praticados por Gabriel chegaram a Câmara dos Vereadores na noite do último domingo - Reprodução/Redes sociais

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em reunião na última terça-feira (29), adiou a decisão de julgar o vereador Gabriel Monteiro (sem partido), acusado de assédio moral e sexual por ex-funcionários de seu gabinete e de estupro por uma vítima não identificada, conforme denúncia do programa "Fantástico", na TV Globo.

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Dos sete membros do colegiado, apenas os vereadores Chico Alencar (Psol) e Teresa Bergher (Cidadania) votaram pela abertura imediata de uma representação contra Monteiro, que pode perder o mandato caso o Conselho de Ética aprove um parecer acatando as acusações e o plenário da Câmara vote a favor do relatório.

O presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo (Dem) disse que os membros voltam a se reunir na terça-feira da semana que vem, dia 5, para analisar provas solicitadas ao Ministério Público e à Polícia Civil. Votaram pelo adiamento da decisão a vereadora Rosa Fernandes (PSC), Rogério Amorim (PSL), Luiz Ramos Filho (PMN) e Zico (Republicanos).

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O vereador Chico Alencar disse que, diante das "denúncias graves", a maioria do Conselho de Ética "decidiu não decidir" e adiar um parecer sobre o caso para a semana que vem. Ele explicou que a representação proposta por ele e Teresa Bergher não é punição prévia.

"A Representação não é uma condenação prévia. Mas rito fundamental para investigar parlamentares contra os quais pesam denúncias de quebra de decoro. Essa apuração pode resultar na perda do mandato de Gabriel Monteiro", afirmou o vereador do Psol.

Vídeos íntimos

Nesta quarta-feira (30), Gabriel Monteiro e uma jovem de 15 anos estiveram em uma delegacia do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, para depor a respeito de um vídeo vazado na internet em que os dois têm relação sexual. À polícia, a mãe da adolescente disse que o ato foi consensual.

O vereador também acusou dois dos funcionários que o acusam e que aparecem na reportagem com as denúncias de assédio moral e sexual de serem os responsáveis pelo vazamento do vídeo. Os dois serão chamados a depor. 

Na terça-feira (29), o deputado estadual Giovani Ratinho (Pros) na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, no centro do Rio, com vídeos em que Gabriel supostamente teria gravados atos sexuais com menores de idade e, segundo o parlamentar, com demonstração de que as pessoas não queriam ser gravadas.

Um vídeo, também veiculado pelo "Fantástico", entregue por um dos ex-funcionários, mostra Gabriel combinando com uma criança recolhida na rua uma fala em que ela agradeceria pelo lanche que ele comprou em uma praça de alimentação.

Edição: Eduardo Miranda