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MEMÓRIA

Morto a tiros no Rio, escritor e capoeirista Leuvis Manuel será sepultado nos EUA

Campanha online arrecadou US$ 17 mil para o traslado; amigos e familiares cobram agilidade na investigação do caso

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Leuvis Manuel Olivero Ramos nasceu na República Dominicana, tinha 38 anos e estava no Brasil há pouco mais de 10 anos - Reprodução

O dominicano de cidadania estadunidense Leuvis Manuel Olivero Ramos, de 38 anos, foi mais uma vítima da violência armada na capital fluminense. Na noite do último dia 10, o escritor e capoeirista foi morto a tiros enquanto caminhava por uma rua na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

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Segundo testemunhas, um carro efetuou disparos em direção à vítima. Leuvis foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu no local. A Delegacia de Homicídios (DH) investiga o caso.

Uma campanha de arrecadação virtual "Help Bring Lu Home" (Ajude a trazer o Lu para casa) conseguiu angariar até o momento 17.850 mil dólares para realizar o sepultamento do escritor nos Estados Unidos. Nascido na República Dominicana, Leuvis Manuel estava no Brasil há pouco mais de 10 anos e tinha cidadania estadunidense. 

"Você nunca sabe onde sua criatividade o levará. Leuvis Olivero, de Lawrence, Massachusetts, viveu uma vida de aventuras e sua sede por conhecimento, comunidade e arte o levou ao Brasil; onde abraçou a história do país, a política, a capoeira e principalmente a arte de rua", diz o texto da campanha que já conta com 200 apoiadores.

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Leuvis deixa uma filha e uma namorada brasileira. No último domingo (17), amigos e familiares protestaram no local onde o crime ocorreu. Vestidos de branco, eles cobraram agilidade na investigação para descobrir quem matou Leuvis e quais foram os motivos para o assassinato.

O Instituto Aluandê de Capoeira Angola, do qual Leuvis fazia parte, prestou homenagem ao escritor. Brutus, como era conhecido, aparece no vídeo na companhia de outros integrantes do grupo em momentos de descontração e jogando capoeira. Sua contribuição como designer do Instituto também é exaltada por “criar uma auto identificação afirmativa, positiva e bela, que marca para sempre nossos chãos".

Edição: Clívia Mesquita