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Armamento da Guarda Municipal volta à pauta da Câmara dos Vereadores do Rio

Mesmo previsto no cronograma desta terça (10), a votação deve ser adiada; projeto precisa passar pelo colégio de líderes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O projeto de lei para armamento da Guarda Municipal foi proposto inicialmente em dezembro de 2018, com a assinatura de 21 vereadores - Fábio Motta/Prefeitura do Rio

A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro volta a debater a proposta que tem como objetivo armar a Guarda Municipal. O Projeto de Emenda à Lei Orgânica 23/2018 foi incluído na pauta do dia nesta terça-feira (10), a pedido do vereador Jones Moura (PSD), um dos autores da medida. 

Mesmo previsto no cronograma, a votação deve ser adiada, de acordo com o presidente da Casa, Carlo Caiado (DEM). Segundo ele, a matéria ainda precisa passar pelo colégio de líderes. As informações são do jornal Extra.

A proposta volta ao debate, dois dias após o guarda municipal Max Aurélio da Costa Biassotto Ferreira atirar e matar o policial militar Cristiano Loiola Valverde em uma briga de rua em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A confusão aconteceu na Praça Santos Dumont, no último domingo do dia dos pais. 

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O projeto também retorna à pauta duas semanas após um vídeo viralizar nas redes sociais denunciando uma abordagem extremamente violenta da Guarda Municipal a um vendedor ambulante em Ipanema, zona sul do Rio. No vídeo, em meio a confusão, o vendedor de mate André dos Santos Mury, com o rosto machucado e sangrando, e pessoas que estavam ao redor denunciam que os agentes o espancaram e usaram armas de choque.

O projeto de lei foi proposto inicialmente em dezembro de 2018, com a assinatura de 21 vereadores. Defendido pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), a proposta é polêmica e não tem apoio da maioria da Câmara. Por se tratar de uma alteração na Lei Orgânica, é necessário quórum de dois terços (34 dos 51 vereadores) em duas votações para dar aval ao texto.

Edição: Mariana Pitasse