Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando Curicica, será ouvido como testemunha na ação penal dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista Anderson Gomes. O miliciano, condenado a 25 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, fez acusações contra o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, apontado como mentor intelectual do crime.
De acordo com O Globo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para ocorrer entre os dias 12 e 16 de agosto o depoimento de oito pessoas apontadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como testemunhas. Também serão ouvidos o secretário municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro, Brenno Carnevale, dois delegados da Polícia Federal (PF) e um ex-assessor de Marielle.
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A ex-assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao crime e será ouvida como testemunha, e os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que fecharam acordos de delação premiada e confessaram sua participação no crime.
Orlando Curicica é acusado de chefiar uma milícia no bairro de Curicica, na zona oeste do Rio de Janeiro. Em depoimento à Polícia Federal, o miliciano revelou um esquema de corrupção com pagamentos de propinas à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, chefiada por Rivaldo Barbosa, com o objetivo de barrar investigações de assassinatos.
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ); o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão; e Rivaldo Barbosa são réus pelos assassinatos de Marielle e Anderson. Eles negam envolvimento com o crime.
*Com informações de O Globo.
Edição: Jaqueline Deister