O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi celebrado na última quinta-feira (25). Diversas cidades realizaram atos para denunciar o racismo, a violência e lutar pela reparação e bem viver. No Rio de Janeiro, a 10° Marcha das Mulheres Negras ocorre neste domingo (28), no posto 3 da praia de Copacabana a partir das 10h.
A marcha compõe as 533 atividades, realizadas por mais de 250 entidades, em 23 estados e no Distrito Federal, do Julho das Pretas. A mobilização estendeu-se também ao Uruguai e à Argentina, além de ocorrer em diferentes modalidades e espaços, convocando todos os setores da sociedade para se engajarem na luta de enfrentamento ao racismo e sexismo.
Repetindo o tema de 2023, o Julho das Pretas deste ano tem como foco a mobilização para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, que acontecerá em novembro de 2025 e pretende reunir 1 milhão de mulheres em Brasília.
O Julho das Pretas, bem como a construção da Marcha, vem sendo puxados pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Rede de Mulheres Negras do Nordeste, a Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira e por centenas de outras organizações de mulheres negras, ou comprometidas com a luta pelo fim do racismo.
25 de julho
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha surgiu de uma articulação formada a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas ocorrido em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, para dar visibilidade à luta das mulheres negras na região. Na ocasião, as mulheres denunciaram opressões e debateram soluções na luta contra o racismo e o sexismo.
No Brasil, o 25 de julho é marcado como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importante liderança na luta contra a escravização.
Edição: Jaqueline Deister