Nesta quarta-feira (24), o juiz responsável pelo caso decidiu pela manutenção da decisão de reintegração de posse da Ocupação de Mulheres Rose Nunes, espaço que em menos de um mês atendeu dezenas de mulheres com uma equipe de profissionais advogadas, psicólogas e assistentes sociais.

A reintegração se baseia na defesa de que há serviços suficientes para as mulheres em situação de violência na capital, porém representantes do espaço afirmam que há quase um mês se tornou o único local que oferece acolhimento 24h para essas mulheres.

“Na decisão, o juiz se baseia apenas nos documentos formais, ignorando completamente a questão social da ocupação”, aponta a representante jurídica da casa, Luana Miranda.

“Ele também argumenta que a ocupação não serve para moradia, mas em nenhum momento colocamos isso no processo, pelo contrário, é um espaço coletivo para realizar os atendimentos especializados e, a partir disso, integrar essas mulheres nas atividades de emancipação e capacitação que a casa oferece”, conclui.

A assessoria jurídica já está trabalhando na preparação do recurso da decisão, que será protocolado nos próximos dias. “Espero que consigamos reverter a decisão antes que haja o reforço policial e a tentativa de expulsão das mulheres da Casa Rose Nunes”, diz a advogada.

Em resposta à decisão, o Movimento de Mulheres Olga Benário convoca a comunidade para um ato que acontecerá nesta quinta-feira (25) em defesa da Casa Rose Nunes. A concentração será às 16h na ocupação, na Rua 13 de maio, 843, no Centro de Curitiba.

Serviço

Ato em defesa da Casa Rose Nunes 

Dia: 25/04 (quinta-feira)

Local: Rua 13 de maio, 843, Centro

Horário: 16h

Edição: Pedro Carrano