Rio de Janeiro

Sequestro em casa

Mulher e filho de três meses são libertados após serem mantidos em cárcere privado pelo marido

Depois do resgate, a vítima contou aos policiais que era ameaçada com uma faca; objeto foi apreendido na casa

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Homem mantinha a esposa e o filho de três meses em cárcere privado dentro de casa - Reprodução

Nesta quinta-feira (7), um homem foi preso em flagrante por policiais da unidade de resgate de refém do Bope na comunidade Morro Dona Dalva, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As informações são do portal G1.

Ele é suspeito de ter mantido a esposa e o filho de três meses em cárcere privado dentro de casa. Depois do resgate, a vítima contou aos policiais que era ameaçada com uma facaOs agentes do Bope foram acionados por policiais do 31ºBPM (Recreio dos Bandeirantes), que receberam a denúncia. A faca foi apreendida, e o homem levado para a 16ªDP (Barra da Tijuca), onde a ocorrência foi registrada.

Crescimento do feminicídio

Em meados de novembro, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou uma pesquisa com dados sobre a violência contra as mulheres nos primeiros seis meses de 2023. De acordo com o levantamento, feito com base nos registros de Boletins de Ocorrência feitos pelas Polícias Civis dos estados e do Distrito Federal, houve crescimento dos casos de feminicídio e de estupro.

No primeiro semestre do ano, 1.902 mulheres foram assassinadas no Brasil, o que representa um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 1.853 assassinatos.

"A gente vem notando um aumento nos feminicídios já desde a criação desse crime enquanto lei no Brasil, em 2015. A gente observa uma possível melhoria na classificação desses casos por parte das polícias, uma melhor identificação nos casos relacionados ao gênero da vítima. Mas, também, a gente observa crescimento de outros crimes relacionados à violência contra a mulher que são evidências, de fato, de que a violência contra a mulher parece estar aumentando no país", analisa Isabela Sobral, supervisora do do Núcleo de Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Edição: Mariana Pitasse