Rio de Janeiro

CULTURA NA ESCOLA

Programa “Hip Hop nas escolas” será instituído nas escolas da rede estadual do RJ

Objetivo é estimular a produção de arte e cultura entre os estudantes e ajudar a reduzir a evasão escolar

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
hip hop escola
Movimento, que completa 50 anos, reúne música, dança e grafite surgiu entre as comunidades afro-americanas nos subúrbios de Nova York - Divulgação

Das periferias e das ruas para os pátios e salas de aulas. O programa “Hip Hop nas escolas”, sancionado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nesta sexta-feira (10), levará o breaking, o grafite, o rap, MCs e DJs à rede pública de ensino fluminense como ferramentas para estimular a produção de arte e cultura entre os estudantes e ajudar a reduzir a evasão escolar.

Leia mais: Hip-hop completa 50 anos como 'arma cultural' para denunciar problemas sociais

Projeto de autoria dos deputados Dani Monteiro (Psol) e Andrezinho Ceciliano (PT), a lei 10.180/23 pretende também promover o intercâmbio entre as escolas, os artistas e os estudantes. E ainda auxiliar na efetivação da lei federal que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira em todo o país e, com isso, promover a integração e a inserção da cultura negra na vivência escolar.

“A lei é uma conquista, sem dúvida, para os estudantes, que poderão, enfim, expressar, dentro da escola o que eles só podiam fazer na rua. Levar a cultura hip hop, tão presente e tão importante para a construção das identidades dos jovens fluminenses, é uma forma de ampliar o repertório e o interesse dos alunos em permanecer na escola. A isso se chama acolhimento, garantia de liberdade criativa, estímulo profissional, inclusive”, justifica a deputada.

O texto também assegura aos pais e responsáveis o direito de vedar a participação de seus filhos ou dependentes nas atividades. Além disso, todas as atividades deverão respeitar os princípios orientadores dos direitos da criança e dos adolescentes, proibindo a veiculação de conteúdos com temática sexual, erótica, de apologia ao crime e misógino.

Leia também: RJ: Cedae programa manutenção anual do Sistema Guandu para próxima quinta-feira (16)

A norma também prevê que para a implementação do programa poderão ser ministrados cursos de seis meses sobre a Cultura Hip-Hop e seus elementos, com aulas semanais para cada elemento, tratando não só das artes, mas sobre a economia criativa que circunda a cultura e a história do movimento no Brasil e no mundo.

Neste ano, o Hip Hop completa 50 anos. O movimento que reúne música, dança e grafite surgiu entre as comunidades afro-americanas nos subúrbios de Nova York, nos EUA, na década de 1970, e chegou ao Brasil, mais especificamente a São Paulo, na década seguinte.

Edição: Eduardo Miranda