Rio de Janeiro

Terror

Com 35 ônibus incendiados, Zona Oeste do Rio tem maior ataque a transportes coletivos da história

Ataques foram motivados após a morte de um miliciano; prejuízo estimado só com veículos é de R$ 35 milhões

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Entre os coletivos queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento - Tercio Teixeira / AFP

A Zona Oeste do Rio de Janeiro passou por uma série de ataques na última segunda-feira (23) que resultou em 35 ônibus e um trem incendiados em um dia - esse é o registro de maior número de coletivos incendiados na história da cidade, segundo o Rio Ônibus.

Os ataques foram motivados a mando de grupos criminosos da região, após a morte de um miliciano. O prejuízo financeiro estimado, só com os veículos, ultrapassa os R$ 35 milhões. 

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Dados levantados pela Globonews indicam que 70% das pessoas que se deslocam no Rio de Janeiro utilizam o transporte de ônibus coletivo. Com os veículos incendiados, a população não terá uma reposição rápida.

O problema representa mais pessoas no ponto de ônibus, menos veículos circulando e muita dor de cabeça para chegar ao trabalho e voltar para casa. Atualmente a Zona Oeste tem 2,6 milhões de habitantes, o que representa cerca de 41% da população carioca. A região possui 40 bairros e 70% do território total do município.


Prejuízo financeiro estimado, só com os veículos, ultrapassa os R$ 35 milhões / Reprodução

Entre os coletivos queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento. Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho.

Segundo informações do portal G1, pelo menos 12 suspeitos de ataques a ônibus foram presos. O governado Cláudio Castro classificou os autores dos ataques a transportes como "terroristas" e disse que fará caça a três chefões do crime.

“Esses três criminosos, Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos eles”, disse à imprensa.

Edição: Mariana Pitasse