Rio de Janeiro

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Criança baleada em abordagem da PRF segue internada em estado gravíssimo no Rio de Janeiro

Carro da família de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi alvejado no feriado de Sete de Setembro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória de seis minutos na madrugada desta quinta-feira (14), segundo o último boletim médico - Reprodução

Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, segue internada em estado gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A menina foi baleada na coluna e na cabeça durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao carro da família no última quinta-feira (7).

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A pequena Heloísa estava acompanhada dos pais, da tia e da irmã mais velha, quando disparos foram efetuados contra o veículo que passava no Arco Metropolitano, autoestrada construída no entorno da região metropolitana do Rio. 

Os parentes dizem que os tiros partiram de agentes da PRF. A família, que mora em Petrópolis, na Região Serrana, retornava de Itaguaí, na Região Metropolitana, onde foi passar o feriado de Sete de Setembro.

Os agentes alegaram que a placa do carro constava como roubado e após ouvirem um tiro, reagiram. A ação ocorreu na altura de Seropédica, na Baixada Fluminense.

Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a madrugada desta quinta-feira (14), segundo o último boletim médico. O quadro foi revertido pela equipe médica após seis minutos. Porém, o estado de saúde da criança se mantém gravíssimo.

Vítimas

Heloísa dos Santos Silva foi a 18º criança baleada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro este ano, de acordo com levantamento do Fogo Cruzado. Na última terça-feira (12) uma menina de sete anos foi alvejada quando saía da escola no bairro Rocha Sobrinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

A plataforma Futuro Exterminado mostra que mais de 600 crianças e adolescentes foram baleados no Rio de Janeiro nos últimos sete anos. Com 138 vítimas, as crianças representam 22% dos baleados: 38 morreram e 100 ficaram feridas. De acordo com o levantamento, 48% do total de vítimas foram atingidas em operações policiais.

Edição: Clívia Mesquita