Paraná

Coluna

Carlos Rodrigues Brandão, presente!

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"Eu quero florir quando te fores” - Acervo Pessoal
Brandão deixa sua marca indelével no pensamento crítico latino-americano

Recebi a notícia, em um grupo de educadores paranaenses que articulam as jornadas universitárias em defesa da reforma agrária: o professor Carlos Rodrigues Brandão faleceu, nesse 11 de julho de 2023. A perda é absoluta e a tristeza, inevitável.

Em homenagem a sua memória, resgato fragmentos da comunicação que tive com ele, especialmente por conta de sua contribuição para com o Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), do qual participou por ocasião de sua fundação, bem como ao publicar textos em nosso periódico – “InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais”.

No dossiê “Cem anos de Paulo Freire: um projeto de esperança” (v. 1, n. 2, 2021, da “Revista Estudos do Sul Global – RESG”, do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social – escritório Brasil), Tchenna Fernandes Maso e eu escrevemos o artigo “O legado de Paulo Freire para a Assessoria Jurídica Popular” - https://resg.thetricontinental.org/index.php/resg/article/view/52


No texto, registramos assim a presença de Brandão na fundação do IPDMS (ao lado de Raquel Maria Rigoto e Maria Inêz Pereira Pinheiro), em 2012:

“Na abertura do seminário de fundação do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), ocorrido na Cidade de Goiás, a 26 de abril de 2012 (no ano da formatura da primeira turma de graduação em direito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA), um discípulo relembrou o fato de como Paulo Freire desistira da carreira jurídica. O narrador era Carlos Rodrigues Brandão (cientista social, professor universitário e educador popular que foi discípulo de Freire) e a forma como contou o episódio emocionou a todos os presentes – professores, estudantes e lideranças dos movimentos populares.

O relato é reincidente em vários dos textos autobiográficos de Freire assim como naqueles de quem narra sua história. O ano era 1947, quando Paulo Freire concluía o curso de direito na Universidade do Recife, como então se chamava a atual Universidade Federal de Pernambuco. Freire adentrara na faculdade de direito em 1943, tendo realizado o curso pré-jurídico a partir de 1941 – para quem se interessava, à época, pela educação superior na área das humanidades, a única opção era fazer direito, já que os demais cursos eram de medicina ou engenharia.

Pois bem, segundo o relato do próprio autor, neste momento ele vivera uma “experiência que pusera fim à recém iniciada carreira de advogado” (FREIRE, 1994a, p. 16). Tratava-se do “caso do dentista”, como Lutgardes Costa Freire (2001, p. 331) chamaria em relato envolvendo o pai. O fato é que um jovem dentista havia se endividado para adquirir seus instrumentos de trabalho e não conseguira mais honrar seu compromisso. Freire estava associado a dois colegas de faculdade e foram contratados pelo vendedor dos equipamentos odontológicos de Recife para cobrar a dívida do jovem profissional. Era a primeira causa com que Paulo Freire trabalhava. E, quis a ironia do destino, também foi a última, do ponto de vista da advocacia profissional. O futuro educador, dadas as condições concretas, não tivera estômago para prosseguir com o caso, após uma conversa com o devedor que calou fundo em sua alma.

[...]

Foi por isso que tanto anos depois, ante um auditório quase que exclusivamente composto por juristas, a comoção foi geral quando Brandão contou toda essa história e arrematou dizendo que Paulo Freire estaria cheio de orgulho ao ver um instituto de pesquisa integrado por juristas populares sendo fundado, ainda mais considerando que uma turma completa de bacharéis em direito se formaria tendo vindo da agricultura familiar, dos movimentos populares camponeses, bem como dos povos e comunidades tradicionais do Brasil. Enfim, mesmo sendo uma função típica da sociedade do capital, agora sim Freire poderia confirmar que a advocacia alcançava algum “encanto especial” de fato, já que podendo pôr-se a serviço da luta do povo brasileiro.

[...]

Como diria Brandão, certamente Freire estaria emocionado de reencontrar, no direito, juristas populares comprometidos com a luta popular. E mais, se emocionaria em saber que os obstáculos encontrados por ele, no caso das dívidas do dentista, hoje são de alguma forma enfrentados por gerações de advogados/as populares que carregam debaixo dos braços a Pedagogia do oprimido.”

Uma emoção, traduzida em lágrimas, mesmo as mais contidas, se via estampada mesmos nos rostos mais sisudos (não tenho como não registrar, aqui, Ney Strozake, a quem desde logo vou pedindo desculpas por revelá-lo).

A presença de Brandão no seminário de fundação do IPDMS, em 2012, foi antecedida por comunicação eletrônica e eu fora o responsável por convidá-lo e organizar sua ida a Goiás.

A 5 de fevereiro de 2012, às 21:21h, um domingo, Carlos Rodrigues Brandão escreve, em resposta ao meu convite, feito no mesmo dia:

“Caro Ricardo,

A rigor eu não poderia estar presente em um evento tão significativo. Entre 17 e 30 de abril estarei dando um curso na Universidade Federal de Uberlândia, da qual sou professor visitante.

No entanto não quero deixar de estar presente. Eu desde sempre fujo de encontros entre autoridades e gente importante. Mas há mais de 50 anos faço o que posso para não deixar de estar presente em um evento como este.

Verei com a universidade quem me substitua pelo menos por dois dias. Assim, eu tentaria o seguinte. Darei minha aula no dia 25 até 14 horas. Poderei viajar para Goiás de avião nesta tarde, após 16 horas. Caso vocês estejam de "caixa baixa", no limite eu poderia ir de ônibus, chegando a Goiânia bem à noite deste dia. Se houver ônibus Uberlândia/Goiânia após 16 horas.

Eu teria que retornar de qualquer maneira na tarde/noite do dia 26 ou, no limite, de manhã bem cedo do dia 27.

O ideal para mim seria uma mesa no sábado, dia 28, mas isto iria alterar a programação de vocês.

Vejam o que seria possível fazer por aí. Assim que eu tiver uma decisão na UFU, retorno a vocês.

Um abraço amigo,

Carlos Brandão”

Depois dessa comunicação, sucederam-se outras em que Brandão sempre se mostrou solícito a minhas confirmações e perguntas, ainda que mais objetivo.

Cerca de dez anos depois, Brandão volta a colaborar com o IPDMS. Primeiramente, no dossiê “Paulo Freire, 100 anos – vida e pensamento que alimentam as lutas sociais e a defesa da justiça” (v. 8, n. 1, 2022, da “InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais”, do IPDMS) – organizado por Ciani Sueli das Neves, Diogo Pinheiro Justino e José Humberto de Góes Junior –, com o texto “Com quem? junto a quem? contra o quê? convergências, diferenças, divergências, oposições (uma contribuição aos circuitos de escritos e diálogo ao redor dos ‘100 anos de Paulo Freire’)”. - https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/41772

No número seguinte da mesma revista, com dossiê sobre “IPDMS, 10 anos de história e desafios” (v. 8, n. 1, 2022, da “InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais”, do IPDMS), decidimos convidá-lo novamente. O número – organizado por Carla Benitez Martins, Diego Augusto Diehl, Luiz Otávio Ribas e por mim – era dedicado justamente a uma década do Instituto de cuja fundação ele participara. Dessa vez, pedimos autorização para publicar na seção “Poéticas Políticas” da revista um poema chamado “O abraço: dias de pandemia e isolamento”. - https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/44412

Uma vez mais eu fora o responsável pela comunicação com ele. Tendo tido acesso, via grupo de professores amigos do MST, a alguns poemas que escrevera durante tratamento de saúde – uma leucemia severa que exigia transfusão de sangue – escrevi-lhe desejando pronta recuperação e deixando um abraço de todas as e todos os integrantes IPDMS.

A seguir, as mensagens com os poemas e o relato, de então, sobre sua saúde. Cometo a inconfidência de apresentá-los, pela beleza que deixam transparecer (mesmo ante a situação mais difícil):

 

A 20 de junho de 2022, às 18:59h, segunda:

“O abraço: dias de pandemia e isolamento

 

De longe, amigo, amiga

desde a janela eu te vejo,

e vejo o teu rosto

nesta manhã de sol

que de longe nos abriga

Distante eu te vejo na janela

e sei que de lá me vês:

Um ser? Um quem?

Um rosto? Um corpo?

Um vulto? Um alguém?

Ou, quem sabe? E por que?

Uma figura acaso

pintada em uma tela,

e à espera de quem?

De quando e do quê?


 

Uma miragem lá, agora,

e ao longe... e tão perto?

Um rabisco na paisagem

Um mero breve traço

como a ave que ao vento voa

e no vento vai embora.

Não sei como de lá me vês

se é que me vês de lá

de repente... e ao acaso.


 

Mas de uma coisa,

eu sei, amiga, amigo

que de longe eu vejo:

tenho saudades de ti

que mal conheço

e que longe, está aqui,

e de longe está comigo.


 

E se longe eu te aceno

de perto, no meu afeto,

amigo, amiga,

eu te abraço.

Eu te abraço!”

 

A 19 de junho de 2022, às 17:13h, domingo:

“Gente amiga de perto e de longe,

Escrevo uma breve mensagem nesta manhã de domingo.

Ela é para esclarecer algo. A minha "campanha de doação de sangue" não é propriamente para mim.

Fora raros casos de exceção, quem doa sangue, doa o seu sangue anonimamente, e ele é dirigido a quem no momento mais precisa.

E quem mais precisa são justamente pessoas atendidas pelo SUS e tratadas em hospitais da rede pública.

E há uma falta de sangue nos hemocentros. E ela é muito grave.

Só mesmo que de repente "se salva com o sangue de um alguém anônimo" aprende a reconhecer o valor da doação de sangue.

Estou bem melhor nos últimos dias. E tenho esperanças de que estarei melhor ainda em um futuro próximo.

Até que chegue o momento de poder voltar a abraçar vocês... ao vivo.

Um abraço amigo,

Deixo vocês por agora com três pequenos poemas

Carlos


 

1.

Ousa pensar o oposto

e imaginar o inverso:

Pétala por pétala

na pequenina flor

cabe o universo.


 

2.

Ao que é tão belo

e te maravilha

nada perguntes.

E nem porque

amarela o Cerrado

em agosto, ao sol,

um pé de Ipê.


 

3.

Seja ou não

a primavera,

uma vez a cada ano

eu me abro em flores.

Não vá embora agora.

Espera!

Eu quero florir

quando te fores.”


 

A 11 de junho de 2022, às 17:47h, sábado:

“GENTE AMIGA DE PERTO E DE LONGE,

Esta é uma mensagem que algumas de vocês vão ler como uma notícia, outras como um convite, outras como uma convocação.

Prossigo o meu tratamento da leucemia, ainda em uma pesada "fase de ataque". Tomo um tanto de remédios, e entre eles o de quimioterapia. Aliás, uma "quimio" bem mais suave que as do passado. Imaginem que tomo um comprimido por dia.

No entanto, um dos problemas do tratamento é que como boa parte dos remédios alopáticos, para casos de enfermidade grave, os seus poderes atacam o "bom" e o "mau". Assim, o remédio que destrói os "blastros" (as células enlouquecidas que provocam a leucemia), ataca outros componentes de meu sangue. Assim, a minha hemoglobina caiu pela metade do normal, o que me provoca uma canseira muito grande. E também os meus glóbulos brancos e plaquetas, protetores contra agentes virais invasores.

Daí o meu isolamento aqui no escritório onde estou, em minha casa.

Resultado. tenho tomado seguidas transfusões de sangue. Só ontem, no Centro Médico de Campinas, foram "duas bolsas".

E segundo os médicos, é o único recurso para repor a hemoglobina e normalizar a "série branca" do sangue. Até agora foram mais de 10 transfusões.

Pelo que me contaram lá, cada bolsa de sangue, é de um doador absolutamente anônimo.

Assim correm em minhas veias o sangue que me salva e que me chega de doadores-voluntários desconhecidos.

No documento que o Centro Médico me dá após uma transfusão, vem escrito isto ao final:

Lembramos ainda a importância da reposição do sangue utilizado, assim, pedimos para encaminhar candidatos à doação de sangue para a unidade de coleta, na Avenida Júlio de Mesquita, 571 - Cambuí - Campinas.

Imaginem que a questão dos estoques de sangue anda tão séria, que há outdoors aqui em Campinas suplicando por doação de sangue, pois ele falta sobretudo em hospitais públicos, inclusive o da UNICAMP.

Assim, eis o meu convite, apelo, conclamação ou desafio.

Quem puder (e sei que muitas pessoas não podem, seja por idade ou outros fatores de saúde), vá a um posto de saúde adequado e doe um tanto de seu sangue. Se você não pode doar, convoque pessoas próximas que possam.

Não custa nada, não dói e não causa efeito colateral algum. Você doa um tanto de sangue e o seu organismo momentos depois repõe sangue novo.

E você ajudou - como em meu caso agora - a salvar uma vida.

Algumas pessoas que conheço até se inscrevem em um "cadastro nacional" também para a doação de medula óssea.

Muitas vezes doamos o que nos custa e até faz falta. E este é sempre um gesto que acrescenta ao mundo um solidário sinal de esperança.

Por que não doar sangue, que salvará uma vida e que a nós não fará falta alguma?

Sigo sobrevivente. Melhoro devagar.

O corpo sofre, mas a mente e o espírito estão como sempre, entre a fé, a esperança e o desejo de algum dia poder voltar a abraçar vocês... vivo e ao vivo!

Carlos Brandão”

 

Enfim, aproveitei para pedir que nos autorizasse a publicação de um de seus poemas, para o que me atendeu prontamente.

A 25 de junho de 2022, às 13:11h, um sábado, me respondeu:

“Caro Ricardo,

Não só autorizo como agradeço.

Neste momento, junto com amigos de Instituto Paulo Freire, de São Paulo, estamos organizando um livro cujo título provisório será:

PEDAGOGIA PAULO POESIA.

Se você conhecer algo no gênero, envia para mim. Ou diretamente para Paulo Padilha, do IPF, que estou copiando nesta mensagem;

Um abraço amigo,

Carlos”


 

Já a 1º de agosto de 2022, às 13:05h, segunda, escreveu-me novamente, após eu remeter-lhe a publicação do novo dossiê da revista (e prometer o envio de um poema sobre Freire, com o que infelizmente não cumpri):


 

“Caro Ricardo,

Grato pelo envio de uma publicação que merecia e deveria estar sendo exageradamente difundida. São "achados" assim que nos mantêm na Esperança do Esperançar.

Fico feliz ao ver o meu pequeno poema de improviso colocado ao lado de artigos, palavras e desafios tão relevantes.

No que eu ainda puder estar presente e ser útil a vocês, contem comigo.

Um abraço fraterno,

Carlos Brandão”

Brandão deixa sua marca indelével no pensamento crítico latino-americano, sendo relativamente inócuo elogiar-lhe a trajetória. Na minibiografia que apus a seu nome, quando da publicação do poema de 2022, anotei o seguinte:

“Escritor e poeta, militante ativista junto a movimentos sociais, educador popular, psicólogo e antropólogo da cultura popular. Professor universitário aposentado pela Universidade Estadual de Campinas, onde se tornou livre-docente em antropologia simbólica. Professor colaborador de diversas universidades, tendo recebido vários títulos de doutor honoris causa e de professor emérito.”

Encerro essa pequena nota rememorativa indicando a sua bibliografia com a qual tanto me relacionei em minha formação, nas minhas investigações e nas matérias que ofereci dentro e fora da universidade, indo dos temas pedagógicos e de pesquisa aos antropológicos e políticos.
 

  1. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1984, 87 p.

  2. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Em campo aberto: escritos sobre a educação e a cultura popular. São Paulo: Cortez, 1995, 229 p.

  3. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Festim dos bruxos: estudos sobre a religião no Brasil. Campinas: UNICAMP; São Paulo: Ícone, 1987, 234 p.

  4. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Identidade e etnia: construção da pessoa e resistência cultural. São Paulo: Brasiliense, 1986, 176 p.

  5. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Nós, os humanos: do mundo à vida, da vida à cultura. São Paulo: Cortez, 2015, 215 p.

  6. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O ardil da ordem: caminhos e armadilhas da educação popular. 2 ed. Papirus: Campinas, 1986, 115 p.

  7. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense, 1986, 114 p.

  8. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pensar a prática: escritos de viagem e estudos sobre a educação. São Paulo: Loyola, 1984, 176 p.

  9. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Plantar, colher, comer: um estudo sobre o campesinato goiano. Rio de Janeiro: Graal, 1981, 181 p.

  10. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Saber e ensinar: três estudos de educação popular. Campinas: Papirus, 1984, 187 p.

  11. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Somos as águas puras. Campinas: Papirus, 1994, 317 p.

  12. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). A questão política da educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1980, 198 p.

  13. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). De Angicos a Ausentes: 40 anos de educação popular. Porto Alegre: MOVA/RS; CORAG, 2001, 127 p.

  14. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). Lições da Nicarágua: a experiência da esperança. Campinas: Papirus, 1984, 128 p.

  15. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). O educador: vida e morte. Rio de Janeiro: Graal, 1982, 137 p.

  16. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). Pesquisa participante. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, 211 p.

  17. BRANDÃO, Carlos Rodrigues (org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. 2 reimp. São Paulo: Brasiliense, 2001, 252 p.

Há outros tantos escritos seus, sem dúvida (vide, aliás, sua página pessoal: https://apartilhadavida.com.br/ ). Mas fica aqui minha homenagem, a partir do pouco – mas que já considero gigantesco – que dele conheci e com o que pude me relacionar.

Nunca tão certeira a ordem que diz: “Carlos Rodrigues Brandão, presente!”

 

*Ricardo Prestes Pazello é professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS).

Edição: Pedro Carrano