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SAÚDE

Segundo Fiocruz, tendência de crescimento da SRAG permanece no Norte e Nordeste do Brasil

Estudo aponta que o sinal do aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave está presente principalmente nas crianças

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Casos de gripe registraram aumento no mês de maio e presença expressiva ao longo das primeiras semanas de junho - Getty Images

Na última terça-feira (27), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o Boletim InfoGripe. De acordo com o relatório, há sinas de queda nos casos de Síndrome Respiratórias Agudas Graves (SRAG) principalmente no Centro-Sul do país, Norte e Nordeste seguem mostrando sinais de crescimento. 

A Fiocruz aponta ainda que a Sars-Cov-2, responsável pela covid-19, permanece em queda no número de casos na população adulta na maioria dos estados brasileiros. Já o vírus da influenza A, que causa a gripe, registrou aumento no mês de maio e presença expressiva, segundo o estudo, ao longo das primeiras semanas de junho. 

“Enquanto o Sars-CoV-2 esteve presente em 80% dos casos de SRAG com identificação viral notificados na população a partir de 15 anos no mês de março, esse percentual caiu para 61% em abril e 50% em maio. Já o vírus influenza A, que havia sido identificado em 9% dos positivos em março, subiu para 22% em abril e 33% no mês de maio”, aponta o boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica (SE) 24, período de 11 a 17 de junho. 

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O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, explica que a diminuição dos casos das SRAG no país se dá pelos números das regiões do Centro-Sul, nos quais os estados apresentam queda ou interrupção do crescimento. Porém, de acordo com Gomes, a situação é diferente para o Norte e o Nordeste, regiões onde houve aumento de casos.

"Na tendência de longo prazo, seis estados mostram sinal de crescimento de SRAG: Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Nos cinco primeiros, o aumento está associado fundamentalmente ao grupo das crianças. Já em Sergipe, é possível observar sinal de crescimento tanto em crianças pequenas quanto em faixas etárias da população adulta, especialmente nas idades mais avançada", afirma. 

De acordo com o estudo, entre as capitais, 10 apresentam crescimento de SRAG: Belém, no Pará; Belo Horizonte, em Minas Gerais; Boa Vista, em Roraima; Florianópolis, em Santa Catarina; João Pessoa, na Paraíba; Macapá, no Amapá; Palmas, em Tocantins; Porto Velho, em Rondônia;  Rio Branco, no Acre; e Teresina, no Piauí. Segundo a Fiocruz, o sinal de crescimento da síndrome respiratória está presente principalmente nas crianças.
 

Edição: Jaqueline Deister