Rio Grande do Sul

Homenagem

Comitê Pagu celebra nascimento da musa do modernismo

Atividade reuniu artistas e público na Lomba Grande, bairro rural de Novo Hamburgo

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Poesia, música e reencontros afetivos marcaram o primeiro evento do Comitê Pagu - Foto: Lídia Schneider\Comitê Pagu

Para comemorar o nascimento da musa do modernismo, Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, há 113 anos, o Comitê Pagu idealizou e produziu o Sarau Pagu. A atividade cultural reuniu artistas e grande público na Tenda da Pipa, em Lomba Grande, bairro rural de Novo Hamburgo (RS), na sexta-feira (9).

Pagu e nuances da Semana de Arte Moderna, com as clássicas obras de Tarsila do Amaral, já estavam referenciadas na entrada do sarau através do mestre de cerimônias Pablo Viante. Além de pílulas da trajetória da mulher e artista Pagu também estarem impressas no PaguZine, produzido pelo jornalista Alex Glaser e distribuídos ao público.

A homenagem à mulher de olhos moles seguiu com esquete do grupo teatral Quixotescos, que apresentou breves fragmentos da vida e obra da poeta, jornalista e militante comunista, com roteiro e atuação de Cátia Cylene e Ari Meneghini.

A noite revelou surpresas sonoras entregues com alegria juvenil por Davi Jung em seu teclado ao revisitar Villa Lobos e outras feras. Também contou com as canções e sensibilidade do grupo vocal de mulheres Matricária, da Associação Cultural Cantalomba. A poesia autoral de Chandi Machado, acompanhado de sua filha Chandra ao violão. O talentoso Urânio e seu sax mágico; Zé Martins e seu charango, enaltecendo o valor do trabalho das mulheres e da mãe terra Pachamama. No encerramento teve o quinteto do Batuque dos Pilaco: Fábio Junges, Ben Hur, Felipe, Kim e Leo, com o melhor da MPB.

A noite foi movimentada e alegre com diversas participações do público no microfone aberto. Muita poesia, música e reencontros afetivos marcaram o primeiro evento do Comitê Pagu - coletivo que chegou para potencializar, produzir, perturbar e se divertir com cultura e esporte.

E como escreveu a aniversariante: “Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre”.


Edição: Marcelo Ferreira