Rio de Janeiro

SEM ACORDO

Profissionais da educação do estado do Rio decidem pela manutenção da greve

Decisão ocorreu durante assembleia realizada na tarde da última terça-feira (6) no Circo Voador

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Categoria reivindica o pagamento do piso nacional do magistério para os professores e o piso dos funcionários referenciado no salário mínimo nacional - Foto: divulgação

Os profissionais da rede estadual da educação do Rio de Janeiro decidiram, na última terça-feira (6), pela permanência da greve. A decisão ocorreu durante uma assembleia realizada no Circo Voador, no bairro da  Lapa, centro da capital fluminense. A categoria está em paralisação desde o dia 17 de maio.

Os trabalhadores exigem o pagamento do piso nacional do magistério, com correção salarial para as demais faixas do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Além disso, querem que o piso dos funcionários das escolas tenha como referência o salário mínimo, atualmente em R$1.320,00, impedindo que os trabalhadores recebam menos do que o piso nacional. 

Leia mais: Professores da rede estadual realizam ato no centro do Rio pedindo o pagamento do piso nacional

Antes da assembleia, a secretária de Educação, Roberta Barreto, se reuniu com uma comissão do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). Na audiência, o sindicato entregou os pontos básicos aprovados pela categoria. Segundo a entidade, ficou acordada uma nova audiência com o governo do estado do Rio de Janeiro, a ser realizada na próxima quarta-feira (14). O Sepe informou que solicitou as presenças do governador Claudio Castro (PL); do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Rodrigo Bacelar (PL); da Secretaria de Fazenda; e da Comissão de Educação da Alerj.

Doze dias após o início da greve, o governo estadual publicou um decreto que autorizou o reajuste na remuneração de 36 mil professores da ativa, aposentados e pensionistas. O pagamento é referente ao mês de maio e será realizado em folha suplementar em junho. Contudo, a proposta apresentada pelo Executivo não atendeu as demandas de toda a categoria.

Atualmente, as reivindicações dos profissionais da educação são: a revogação do Decreto estadual 48.521/2023, que implementa o piso nacional, mas não de maneira satisfatória para a categoria; a aplicação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e piso desde o nível um de todas as categorias; a garantia de aplicação do piso também para aposentados, pensionistas e funcionários administrativos da rede estadual de ensino; o abono dos dias de greve, ou seja, que não haja corte nos vencimentos; o abono para fins administrativos de todas as paralisações desde a greve de 2016; e que todas as disciplinas das três séries do ensino médio tenham pelo menos duas horas-aula.

A próxima assembleia da categoria está marcada para quinta-feira (15). 

*Com informações do jornal Extra.
 

Edição: Jaqueline Deister