Distrito Federal

Reajuste Salarial

Em Assembleia, professores votam por continuidade de greve

Governo apresentou proposta, mas ainda não atendeu reivindicação da categoria

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Próxima reunião com o GDF acontece na quarta (24) e Assembleia Geral na quinta (25) - Foto: Luzo Comunicação

A greve dos professores deflagrada desde o dia 4 de maio continua. Em Assembleia realizada nesta quinta-feira (18) a maioria votou pela continuação, uma vez que os pedidos da categoria ainda não foram atendidos.

Nesta quarta (17) a comissão de negociação do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) se reuniu com o Governo do Distrito Federal (GDF), que apresentou uma proposta. 

De acordo com o Sinpro, entre as propostas apresentadas pelo governo, estão:

- Convocação de todos(as) os (as) aprovados(as) no último concurso público realizado para o magistério, em 2022;

- Direito a atestado de acompanhamento para professores(as) em regime de contratação temporária;

- Aproximação entre as tabelas PQ1 (sem conclusão de graduação), PQ2 (licenciatura curta) e PQ3 (com graduação);

- Extensão para aposentados(as) sem paridade dos R$ 200 referentes ao auxílio saúde incorporado ao vencimento da categoria;

- Incorporação da Gaped/Gase a partir de 2024 (em três anos, com duas parcelas de 5% a cada ano);

- Concessão de ampliação de carga horária para solicitações feitas até o momento;

- Encaminhar projeto de lei para assegurar participação remunerada dos(as) professores(as) em contrato temporário na semana pedagógica;

- Encaminhar projeto de lei para validar o tempo de exercício como contrato temporário ao se tornar efetivo, o que impacta na progressão da carreira.

Com base na avaliação da categoria, o GDF tem avançado na proposta, mas que algumas mudanças ainda são necessárias, como: a antecipação da incorporação da Gaped/Gase para este ano, a redução de padrões para chegar mais rápido ao topo da tabela salarial e a melhoria dos percentuais da progressão horizontal e do step vertical. 

“Os problemas da educação pública no DF são muitos e vêm se aprofundando na gestão Ibaneis, como a desvalorização dos profissionais que atuam na escola. Ele não cumpre a Lei do Piso Nacional do Magistério, nem a meta 17 do Plano Distrital da Educação, que é uma lei distrital. Nós estamos no nosso direito de lutar”, afirmou o sindicato.

Agenda

A próxima reunião da comissão de negociação com o GDF acontece na próxima quarta-feira (24) e a assembleia geral está marcada para o dia 25 de maio, às 9h30. O calendário da greve se mantém com piquetes nas cidades, ação de mobilização nas cidades (feiras e comércios) e assembleias regionais.

Ao final da Assembleia, a categoria se dirigiu até o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal em coro: “Ô Ibaneis, você que diz, que professor tem que ganhar igual juiz”.

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Edição: Flávia Quirino