Rio de Janeiro

Renovação do acervo

Meteorito encontrado em Pernambuco em 2020 passa a integrar coleção do Museu Nacional

Chamado de Santa Filomena, o meteorito rochoso caiu na cidade de mesmo nome há três anos e pesa 2,82 kg

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O meteorito Santa Filomena é classificado como um condrito, que são meteoritos rochosos encontrados de maneira comum - Tânia Rego/ Agência Brasil

Nesta quinta-feira (13), o Museu Nacional informou a incorporação do primeiro meteorito à coleção permanente da instituição, após o incêndio de 2018. O meteorito chamado de Santa Filomena caiu na cidade de mesmo nome localizada no estado de Pernambuco em 2020 e pesa 2,82 kg. Na ocasião de sua queda, moradores de Santa Filomena ouviram um estrondo acompanhado da queda de meteoritos do céu. 

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ligados ao Museu Nacional, foram alguns dos primeiros a chegar na cidade e coletar amostras para estudos, um dia depois da “chuva de pedras”, segundo informações do portal G1.

Leia também: Conheça Natália Balbino: atriz da Vila Cruzeiro (RJ) em cartaz nos cinemas com “Medusa”

O meteorito Santa Filomena é classificado como um condrito, que são meteoritos rochosos encontrados de maneira comum. O que torna a peça especial é a raridade da queda dele em espaço urbano, além das imagens de câmeras que registraram o fenômeno.

De acordo com os pesquisadores, o Meteorito Santa Filomena veio do cinturão de asteroides, um espaço sem planetas, entre Marte e Júpiter. Ele é importante para a ciência pois ajuda os cientistas a entender como o sistema solar foi formado e pode ser considerado um “fóssil do sistema solar”.

Grupo de pesquisa

Outro fato que chama a atenção na queda do meteorito é que ele foi resgatado por um grupo de pesquisa em que todas as integrantes são mulheres. De acordo com os profissionais da pesquisa, isso não é comum. O grupo, chamado de “Meteoríticas” existe desde 2017 e atua em todas as etapas da pesquisa, desde o trabalho de campo, passando pelo estudo em laboratório até a divulgação das descobertas.

A liderança das pesquisadoras é de Maria Elizabeth Zucolotto, que estuda meteoritos há 40 anos. Com várias profissionais interessadas, tornou-se mais fácil trabalhar nas pesquisas. O trabalho foi feito e catalogado em três meses, permitindo ser integrado ao acervo do Museu Nacional e a publicação em revistas especializadas. 

Edição: Mariana Pitasse