Rio de Janeiro

Saúde pública

Relatório do Ministério da Saúde sobre hospitais federais do Rio confirma calamidade

Segundo o documento, faltam profissionais, centros cirúrgicos e andares inteiros das unidades foram fechados

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Hospital dos Servidores, que fica na zona Portuária, tem a situação grave: com seis salas de cirurgia paradas por falta de equipamentos - Divulgação

A situação de calamidade nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro foi comprovada por um relatório produzido pelo Ministério da Saúde a partir de vistorias nas unidades. Trechos do relatório foram divulgados pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (10). As unidades são referência de alta complexidade, como câncer, cardiologia e transplantes.

Segundo o documento divulgado, faltam profissionais, centros cirúrgicos e andares inteiros já foram fechados. Em 2023, a rede federal começou com quase 600 leitos fechados e, atualmente, são 300 leitos parados. É como se um hospital inteiro tivesse parado de funcionar.

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Na unidade do Hospital Andaraí, na zona Norte do Rio, única com um centro de queimados, a emergência está fechada. A unidade coronariana e as salas de pequenas cirurgias não funcionam.

Já no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona Oeste da cidade, a área da cirurgia pediátrica está fechada, assim como parte da clínica médica. Ao todo, 45 leitos não funcionam.

No Hospital de Ipanema, localizado na zona Sul, por sua vez, três salas do centro cirúrgico estão fechadas e leitos de Terapia Semi-Intensiva não funcionam. No Hospital Federal da Lagoa, também na zona Sul, a unidade coronariana não funciona e 34 leitos foram fechados.

O Hospital dos Servidores, que fica na zona Portuária, tem a situação ainda mais grave: com seis salas de cirurgia paradas por falta de equipamentos básicos e 66 leitos fechados, sendo 14 de terapia intensiva.

Já o Hospital de Bonsucesso, na zona Norte, tem o maior número de leitos fechados, somando 140. Quatro salas de cirurgia também não funcionam e 80% dos equipamentos são antigos e estão ultrapassados.

Edição: Mariana Pitasse