Paraíba

FEMINICÍDIO

Homem é preso suspeito de matar a professora Honorina, do município de Cuité (PB)

Ex-marido da vítima foi preso nesta terça (28) e crime pode ter sido motivado por ele não aceitar o fim da relação

Brasil de Fato PB | João Pessoa |
Honorina era professora de Português, em Cuité (PB). Foi morta de forma bárbara e cruel aos 43 anos de idade, em novembro de 2022, com o corpo sendo encontrado flutuando em um açude da cidade. - Divulgação - Justiça Por Honorina

Nesta terça-feira (28) foi preso o suspeito de assassinar a professora Honorina de Oliveira Costa, encontra morta em novembro do ano passado no Açude do Cais, no município de Cuité. O suspeito é o ex-marido da professora e de acordo com a Polícia Civil, é um policial militar reformado. Antônio Abrantes, ex-marido da vítima, teve seu mandado de prisão temporário expedido após o avanço das investigações. O suspeito foi ouvido nesta tarde (28), mas preferiu ficar em silêncio. 

Rodrigo Monteiro, delegado da Polícia Civil, pontuou que os depoimentos de parentes e amigos foram fundamentais para a investigação. " Nos últimos dias apareceu a informação no inquérito policial  - e que fundamentou o pedido de prisão - ,de que ela teria saído de casa na noite de seu desaparecimento para se encontrar com o companheiro e por um fim na relação. A motivação apurada até o presente momento é que ele não aceitou a decisão dela de terminar esse relacionamento", afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado da Polícia Civil, o suspeito quis apresentar motivações falsas e criou linhas de investigação a fim de despistar a polícia, mas o depoimento dos parentes e amigos foi fundamental. No dia que encontraram o corpo da professora flutuando no Açude do Cais, na cidade de Cuité, Antônio Abrantes chegou a participar do reconhecimento do corpo. O suspeito pode responder pelos crimes de feminicídio e, ainda, ocultação de cadáver. 

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Relembre o caso

Honorina Costa foi encontrada morta no dia 5 de novembro de 2022. Seu corpo estava flutuando no Açude do Cais, no município de Cuité. Havia perfuração de arma branca, um golpe de faca na região do abdômen e, de acordo com o laudo, ela estava com pés e mãos amarrados. Também localizaram pedras de paralelepípedo no terreno perto do açude. 

A professora havia desaparecido três dias antes e a polícia trabalhava com a hipótese de que o criminoso teria tentado ocultar o cadáver jogando no açude. 

 

 

Edição: Cida Alves