É hora de conversar, formar um grupo de diálogo pela paz no mundo, Lula e Papa Francisco à frente

O mundo está em perigo. O crescimento da direita ultraneoliberal no mundo, muitas vezes neofascista, é uma realidade altamente preocupante na Europa, no Brasil e no mundo. A guerra Rússia-Ucrânia, segundo especialistas, além de estar longe de terminar, pode caminhar para uma guerra nuclear e/ou uma terceira guerra mundial. Uma recessão econômica mundial está a caminho, com todas as suas consequências de fome e miséria, sem falar nos crescentes desastres ambientais, ameaçando o futuro da humanidade e do planeta. A democracia está sob séria ameaça.

O que explica que em 2023, século XXI, depois das tragédias das Guerras mundiais e outras tantas guerras no século XX, a humanidade não tenha aprendido? Mortes e mais mortes, fome, tragédias, famílias destroçadas, ódio, intolerância, violência de todos os tipos.

Diferentes análises dão o tom da gravidade do que está acontecendo e ainda poderá acontecer. Todo cuidado é pouco. “A cena está montada para a terceira Guerra mundial híbrida” (Pepe Escobar, Brasil 247, 01.03.2023). “Um ano depois, tendência é que a guerra entre Rússia e Ucrânia continue” (Rede Brasil Atual). “Guerra da Ucrânia, que mudou o mundo, completa um ano hoje. Guerra afetou todo o planeta, de várias formas, e trouxe mudanças políticas e econômicas permanentes” (Valor Econômico, 24.02.2023, p. A11).

Os reflexos de todo este quadro e conjuntura sobre o Brasil e a América Latina vão crescendo gradativamente. Não há como saber como vão ser os próximos meses, muito menos como o Brasil e o mundo vão estar, ou como vai evoluir e terminar 2023. Que dirá saber como serão os próximos anos ou décadas!

Como chegar na paz, retomar o diálogo, praticar a solidariedade, cuidar da Casa Comum? Só há dois líderes mundiais com condições e autoridade moral e política capazes de evitar a catástrofe, acabar com a guerra e garantir a paz hoje, juntos: Lula e o Papa Francisco.

Lula, em poucas semanas, recuperou a liderança do Brasil no mundo, sendo recebido por lideranças mundiais e louvado em todos os continentes. O Brasil voltou a ter voz e a ser respeitado internacionalmente. “Promover paz na Europa tornará Brasil ´player´ global” (Eduardo Guimarães, Brasil 247).  “Itamaraty consulta chanceler russo sobre mediação” (UOL, 01.03.2023). “Brasil tem falado e agido de modo coerente em sua busca pela paz” (Marcelo Zero, 01.03.2023).

Papa Francisco tem se mostrado liderança não só dos católicos, mas se afirma como liderança de diferentes igrejas e religiões, alguém cujas palavras são ouvidas, respeitadas, acatadas. Disse o Papa Francisco: “Esta guerra e os demais conflitos espalhados pelo globo representam uma derrota não só para as partes envolvidas, mas também para toda a humanidade. Juntos, na fraternidade e na solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça, superamos os acontecimentos mais dolorosos.”

É hora de conversar, formar um grupo de diálogo pela paz no mundo, Lula e Papa Francisco à frente, chamando-convocando a ONU a agir, reunindo lideranças em todos os níveis, todos os governos e governantes, incluindo movimentos populares e sindical, instituições da sociedade civil, igrejas e religiões.

Sem paz, o mundo não atravessará 2023. Sem paz, a fome aumenta. Sem paz, crescem os desastres ambientais. Sem paz, urgente, urgentíssima, o mundo e a humanidade a cada dia estão mais em perigo. Lula e o Papa Francisco são e serão as lideranças de ‘um outro mundo possível’.  

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko