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Distrito Federal abre vacinação bivalente da covid-19 para 190 mil pessoas

Secretaria de Saúde disponibiliza 108 salas de vacinação

Brasil de Fato | Brasília (DF)* |
Lula recebe dose da vacina bivalente contra a covid-19 no Distrito Federal: nova campanha de vacinação é lançada pelo governo federal - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Começou nesta segunda-feira (27), em toda a rede pública de saúde do Distrito Federal, a campanha de reforço da vacinação contra a covid-19 com a vacina bivalente. No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Elas são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço. Essas novas doses incorporam anticorpos específicos para combater a variante Ômicron, a mais prevalente no mundo atualmente, e suas sub-variantes, além de ser eficaz contra as cepas anteriores do vírus.

Nesta primeira etapa, a campanha tem como público-alvo idosos com 70 anos ou mais, pessoas imunossuprimidas, populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas. No DF, o público prioritário é estimado em 190 mil pessoas e há, até o momento 140 mil doses disponíveis. De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio de Queiroz, a expectativa é que novos lotes dos imunizantes cheguem nas próximas semanas. A secretária participou do lançamento da campanha, que vem sendo chamada de Movimento Nacional pela Vacinação, no Centro de Saúde nº 1 do Guará, que contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde Nísia Trindade e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

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"Os imunobiológicos apresentam uma senescência, ou seja, depois de um determinado tempo, ocorre uma senilidade, então a gente precisa estar reforçando. E, principalmente, porque temos uma fatia da população que não se vacinou, o que permite que o vírus sofra mutações, e essas mutações é que fazem com a gente precise, a todo momento, renovar a vacina", explicou a secretária.

Lucilene Florêncio lembrou que há, em todo o DF, 108 salas de vacinação, todas elas com imunizantes disponíveis. "Não existe território, não precisa saber onde mora, cada um pode vacinar onde desejar, onde estiver mais próximo. Não precisa ser morador desse local", disse.

Para tomar a vacina bivalente contra a covid-19, que previne contra as variantes mais perigosas do vírus, é necessário ter completado o ciclo vacinal de quatro doses, respeitando um intervalo de quatro meses desde a última recebida.

O aposentado Paulo da Cruz, 89 anos, estava entre os primeiros a serem vacinados na UBS nº 1 do Guará, durante evento com o presidente da República. Mesmo com o calendário de vacinação atualizado, ele não quis perder tempo. "A única solução para você fugir de doenças virais é a vacina", observou.

"Vacina é responsabilidade" 

Durante o evento no Guará, o presidente Lula aproveitou para tomar a quinta dose de vacina contra a covid-19 e chegou a exibir o seu cartão de imunização atualizado. Ele recebeu a injeção do vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.
  
"Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu".

Desde 2016, a cobertura vacinal entre os diferentes imunizantes está bem abaixo de 95%, que é o índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população ficou em 66,06% no ano passado. Em 2021, ano com mais mortalidade causada pela pandemia, esse indicador não passou de 61%. Em anos anteriores, ficou abaixo de 80%. A última vez que o país registrou índice satisfatório de vacinação foi em 2015, quando cerca de 95% do público-alvo foi vacinado.

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Lula enfatizou a importância de se vacinar, que, segundo ele, é um gesto de amor à vida e de responsabilidade com as outras pessoas. 

"É importante a gente garantir que as pessoas tomem a vacina para evitar desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade", afirmou Lula, que ainda repudiou o negacionismo contra a eficácia dos imunizantes: "que a gente não acredite no negacionismo, nem bobagens que se fala contra a vacina". A campanha será reforçada com inserções publicitárias nos meios de comunicação para estimular as pessoas a irem aos postos.

Em março, o governo pretende expandir a dose bivalente para toda a população acima de 12 anos de idade. Já em abril, começa a campanha de vacinação contra a Influenza e, a partir de maio, o chamamento para atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). 

*Com informações da Agência Brasil.

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Edição: Márcia Silva