Rio de Janeiro

Reação

RJ: Entidades organizam ato pela diminuição da taxa básica de juros em frente ao Banco Central

A manifestação acontece na terça-feira (14) às 11h, na avenida Presidente Vargas, 730, no centro do Rio

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Desde fevereiro de 2021, o Banco Central é autônomo e, portanto, não tem nenhuma ligação com a estrutura do Executivo - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Diversas entidades sindicais, movimentos populares e partidos políticos marcaram para esta terça-feira (14) um ato público em várias cidades do país. O protesto é uma forma de se posicionarem contra a taxa básica de juros de 13,75% e a dependência do Banco Central ao capital financeiro especulativo, segundo a organização. 

No Rio de Janeiro, a manifestação acontece às 11h, em frente à sede do banco, na avenida Presidente Vargas, 730, no centro da cidade.

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Dezessete entidades e partidos políticos já confirmaram presença no ato: CUT, CTB, CSP, CSB, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, Força Sindical, UGT, Levante, MST, PT, PCdoB, Psol, Sindicato dos Bancários do Rio, Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e Comitê dos Comitês Populares de Luta do Rio.

As entidades organizadoras do ato consideram a chamada autonomia do BC “uma farsa”. “Porque a manutenção da taxa de juros no atual patamar trava o crescimento econômico, aumenta o desemprego e a fome e enche os bolsos dos rentistas”, dizem em nota.

De fevereiro de 2021 a dezembro de 2022, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 11 pontos percentuais, segundo as entidades, sem que a alta inflacionária tenha sido causada pelo aumento de demanda, mas sobretudo pelos preços administrados.

“O mercado defende corte nos investimentos sociais para sobrar mais recursos para pagar os juros da dívida pública. A política de juros alto promove uma transferência de renda perversa, porque tira dos pobres para dar para os muito ricos. Enquanto as instituições financeiras e os fundos de investimento ganham bilhões de reais sem produzir um alfinete, a economia fica estagnada, sem gerar emprego e renda para os trabalhadores e trabalhadoras”, destacou José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, também em nota enviada à imprensa.

Edição: Mariana Pitasse