Rio de Janeiro

ATO POLÍTICO?

Bolsonaro quer desfile de Sete de Setembro na praia de Copacabana

Orla da zona Sul é tradicionalmente palco de manifestações bolsonaristas; desfile militar nunca aconteceu no bairro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Jair Bolsonaro e Braga Netto no dia da oficialização da chapa que vai disputar o Palácio do Planalto - Mauro Pimentel / AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que quer  um desfile militar na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no próximo sete de setembro. A notícia surpreendeu e preocupou os organizadores do evento que marca o dia da Independência no Brasil.

Tradicionalmente o desfile ocorre no centro da capital fluminense e, segundo o jornal O Globo, há dúvidas do Comando Militar do Leste sobre a viabilidade de transferir a atividade para a zona Sul do Rio. 

A Avenida Atlântica é onde, normalmente, ocorrem as manifestações bolsonaristas. A mudança de local do desfile está sendo vista como um ato eleitoral em virtude de Bolsonaro estar em desvantagem com relação a Lula.

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De acordo com O Globo, até a tarde de segunda-feira (1°) não havia uma ordem oficial do Palácio do Planalto para que o desfile ocorra na praia carioca. Segundo a reportagem, os militares dizem, porém, que se o presidente quiser, a transferência será feita.

A parada de Sete de Setembro nunca foi realizada na orla de Copacabana. O Comando Militar do Leste e a Prefeitura do Rio estão articulando há meses a organização do evento na Avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense.

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O anúncio de que o desfile seria em Copacabana ocorreu no último sábado (30) durante a convenção do Republicanos que lançou a candidatura de Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo. "Sei que vocês queriam aqui (São Paulo), mas nós vamos inovar no Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro.

“O nosso Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil, um estado aliado de todos nós, da economia de São Paulo. Vamos mostrar que nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade”.
 

Edição: Jaqueline Deister