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Vereador Gabriel Monteiro teve aumento de patrimônio de 323% desde 2020, aponta o TSE

Alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, parlamentar tem carro avaliado em R$ 190 mil

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
No Conselho de Ética da Câmara Municipal, vereador responde por quatro crimes - Renan Olaz/CMRJ

O vereador Gabriel Monteiro (PL) aumentou o seu patrimônio declarado em 323% desde 2020, segundo dados disponibilizados na última quinta-feira (28) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito dos candidatos das eleições municipais de 2020.

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Segundo a coluna de Ancelmo Góis, no jornal "O Globo", Monteiro informou ter atualmente R$ 428.046,52 em seu nome, com destaque para dois veículos, um avaliado em R$ 190 mil e outro em R$ 60 mil. O vereador declarou R$ 90 mil em conta bancária.

Na época em que foi eleito, em 2020, o youtuber e ex-policial militar havia declarado um carro orçado em R$ 21 mil. Além do automóvel, Monteiro informou à Justiça Federal que tinha R$ 80 mil em conta corrente.

Em abril deste ano, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu, por 39 votos a três, que vereadores da Casa não podem ganhar dinheiro com vídeos em redes sociais a partir de suas atividades parlamentares. A lei foi votada após a repercussão negativa envolvendo notícias sobre os ganhos de Gabriel.

Na justificativa do projeto, os autores argumentam que transformar as funções parlamentares, obrigações e prerrogativas do vereador em ganhos financeiros foge à ética e moral do fazer público.

Risco de cassação

Gabriel Monteiro é réu na Justiça do Rio de Janeiro pelos crimes de importunação e assédio sexual contra uma ex-assessora que trabalhava em seu gabinete.

No Conselho de Ética, o vereador do PL responde por quatro crimes. Um deles é por divulgação de vídeo em que mantém relação sexual com uma adolescente de 15 anos. O outro também é sobre a simulação de um furto na Lapa e agressão de um homem em situação de rua por um assessor de Gabriel, que participava da encenação para suas redes sociais.

O vereador também é investigado no colegiado por abuso de menor. Em um vídeo que circulou nas redes na época do surgimento das primeiras denúncias, ele aparece tocando uma menina de 10 anos de idade. Ele também é alvo da investigação de importunação e assédio sexual que o tornou réu na justiça.

Edição: Eduardo Miranda