Rio de Janeiro

JUSTIÇA

Oficial da PM condenado pela morte da juíza Patrícia Acioli será expulso da polícia

A decisão do TJ-RJ deve tornar o julgamento definitivo contra Claudio Luiz que cumpre pena numa unidade prisional da PM

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros quando chegava em sua casa, em Piratininga, no município de Niterói - Foto: Reprodução

Condenado a 36 anos de prisão e a perda do cargo público pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto de 2011, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira sofreu nova derrota no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Por unanimidade, os desembargadores do Órgão Especial da Corte negaram, na segunda-feira (4), a concessão de um mandado de segurança, pelo qual o oficial tentava estender o prazo para enviar recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Leia maisJustiça afasta do cargo delegada investigada por repassar informação à milícia no RJ

A decisão dos magistrados, que acompanharam o voto do desembargador relator Antônio Carlos Nascimento Amado, deve tornar o julgamento definitivo.

Com isso, o ex-comandante do 7º BPM, no município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, que atualmente cumpre pena na Unidade Prisional da PM, na cidade de Niterói, fica próximo de ser expulso da corporação, perdendo também o soldo e vantagens remuneratórias que continua a receber. 

O crime 

A juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros quando chegava em sua casa, em Piratininga, na cidade de Niterói, após sair do Fórum de São Gonçalo, onde trabalhava. Naquele dia, ela havia assinado os pedidos de prisão de dois policiais militares, que a seguiram e a mataram na mesma noite. 

Leia mais: "Morte de chefe da milícia faz parte de estratégia para eleições", diz pesquisador

Eles integravam uma milícia que atuava no 7º Batalhão acusada de ter forjado centenas de autos de resistência para encobrir execuções. Todos os 11 policiais denunciados foram condenados. 

Edição: Jaqueline Deister