Rio de Janeiro

CRIME HEDIONDO

Caso Henry Borel: Monique volta para a prisão por determinação da Justiça do RJ

Desembargador lembrou que acusação a que a ré responde é por homicídio praticado com tortura e violência extremada

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, e Monique Medeiros são acusados pela morte de Henry - Reprodução

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, ficará presa no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (29), ela fez exame de corpo de delito e foi encaminhada para o Presídio de Benfica, na zona norte, que serve de triagem para detentos que chegam ao sistema prisional do Rio.

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Monique e o vereador cassado Jairinho (sem partido) tiveram as prisões decretadas em abril de 2021, um mês após a morte do menino Henry no apartamento do casal, na Barra da Tijuca. Os dois respondem aos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado, com agravamento da pena por se tratar de vítima com idade inferior a 14 anos.

Em abril deste ano, Monique teve autorização para cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Na época, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou que ia recorrer da decisão, já que Monique, afirmou o Fábio Vieira dos Santos, é uma das responsáveis pela morte do seu próprio filho.

O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-RJ), afirmou na última terça-feira (28) que a decisão de da 1ª instância de conceder prisão domiciliar a Monique ocorreu sem determinação de alvará de soltura e que não houve comprovação das ameaças alegadas pela defesa de Monique para a concessão da medida.

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Na decisão pelo retorno de Monique ao cumprimento da prisão em regime fechado, o magistrado lembrou também que a acusação a que a ré responde é por homicídio praticado com tortura, havendo, no caso, violência extremada, sendo um crime hediondo. 

Na época da morte de Henry Borel, em 8 de março de 2021, a perícia médica apontou que as 23 lesões encontradas na criança, como laceração do fígado, danos nos rins e hemorragia na cabeça "são condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta". Monique e Jairinho foram presos um mês após o crime.

Edição: Eduardo Miranda