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Programa Bem Viver discute ampliação de representatividade de pessoas negras na política

A edição desta segunda (6) também destaca o debate sobre o termo “dia do índio” e a história da artista Tetê Brandolim

Ouça o áudio:

Maior representatividade negra nos parlamentos prevê projeto de país alinhado à luta antirracista - Coalizão Negra por Direitos
Temos uma agenda de luta que busca o bem viver, uma sociedade mais justa para todos e todas

Com a finalidade de tornar as Casas Legislativas mais diversas e representativas, a Coalizão Negra por Direitos lança nesta segunda-feira (06) a iniciativa Quilombo nos Parlamentos. O movimento tem por objetivo apoiar mais de 100 pré-candidaturas de pessoas ligadas ao movimento negro que concorrerão a cargos no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas por todo território nacional.

Nesta edição, o programa traz uma entrevista sobre o projeto com a advogada Sheila de Carvalho, integrante da Coalizão. Ela destaca que a representatividade na política está além da presença de pessoas negras, mas passa, também, pela inserção de pautas alinhadas à luta antirracista.

“A gente precisa ter uma representatividade dentro da agenda. E a gente tem uma agenda de luta que quer nos salvar. E mais do que nos salvar da violência cotidiana, temos uma agenda de luta que busca o bem viver, uma sociedade mais justa para todos e todas. E o Quilombo dos Parlamento surge com essa finalidade”, explica.   


Dia do Índio ou dos Povos Indígenas?

O termo “dia do índio” esteve entre os assuntos em discussão na última semana, após o veto do presidente Jair Bolsonaro à mudança que previa transformar a data em Dia dos Povos Indígenas. A justificativa presidencial para barrar o projeto é de que “não há interesse público na alteração”, conforme publicado no Diário Oficial da União.

O argumento do presidente é refutado pelo pensador e escritor indígena premiado Daniel Munduruku. Em conversa com o Bem Viver, ele ressalta que a nomenclatura é importante para reconhecer a diversidade dos povos originários do Brasil. 

"Pode parecer uma coisa simples, mas se trata de uma mudança de concepção. Nós sabemos que a palavra "índio" não corresponde ao que nós somos. Ela é uma palavra preconceituosa, racista, em alguns casos, e que tem colocado os povos indígenas em uma espécie de confronto com a sociedade brasileira. Isso acontece porque essa mesma sociedade foi educada para pensar os povos indígenas como seus inimigos potenciais”, avalia o  escritor. 

Tetê Brandolim 

E tem cultura também na edição de hoje. O Bem Viver apresenta a história de Tetê Brandolim no quadro Mosaico Cultural. A artista, de 91 anos, aprendeu a ler aos 83, e hoje coleciona uma vasta obra, que contempla diferentes expressões artísticas. 

 


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O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

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Edição: Geisa Marques