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Programa Bem Viver discute riscos e cuidados necessários com varíola dos macacos

Especialistas discutem se há possibilidade de a enfermidade chegar ao Brasil e iniciar uma nova pandemia

Ouça o áudio:

Imagem microscópica de amostra de pele humana atacada pelo vírus da varíola dos macacos - ©Cynthia S. Goldsmith / Centro de controle e prevenção de Doenças / AFP
Já são mais de 100 casos da doença confirmados no mundo

A edição de hoje (26) do Programa Bem Viver lança luz a doença conhecida como “varíola dos macacos”, que tem ocupado o noticiário nos últimos dias, discutindo a enfermidade e analisando se há a possibilidade de ela chegar ao Brasil e de iniciar uma nova pandemia.

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Quem ajuda o ouvinte a entender esse caso é a professora Ethel Maciel, do Departamento de Saúde Coletiva e da Coordenação da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Já são mais de 100 casos da doença confirmados no mundo e algumas dezenas de suspeitas, conforme os dados mais atualizados da Organização Mundial da Saúde.*A maior parte dos casos se concentra em países da Europa, mas já há registros na Austrália, nos Estados Unidos e no Canadá.

Especialistas vêm com preocupação o fato de a doença estar se propagando de humano pra humano.

Bolsonaro no Tribunal Permanente dos Povos

A gestão da pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que levou à morte de mais de 600 mil pessoas no Brasil, foi uma das acusações que levaram o presidente a julgamento no Tribunal Permanente dos Povos.

A audiência final foi realizada nesta quarta-feira (25) e teve como foco a violação de direitos dos povos indígenas durante a crise sanitária. A acusação pediu a condenação do presidente pelo crime de genocídio.

Ainda é necessário avançar algumas etapas para chegar ao veredito, que deve sair em julho. A decisão do juri tem importância simbólica, mas não jurídica.

Extinção de abelhas

Em janeiro de 2019, Santa Catarina virou notícia nacional devido ao extermínios de 50 milhões de abelhas em menos de um mês. Testes custeados pelo Ministério Público do estado indicaram que os agentes causadores eram agrotóxicos usados em propriedades vizinhas, porém a falta de um protocolo para notificação e análise das amostras dificultou a comprovação.

Melhorias recentes no atendimento às ocorrências permitem hoje afirmar que os episódios de maior mortalidade de abelhas estão relacionados ao uso do inseticida Fipronil, aplicado em plantações de soja.

Dois anos e oito meses depois do ocorrido em Santa Catarina, o estado se tornou o primeiro do Brasil a restringir o uso desse agrotóxico. Ainda assim, esse episódio mostra a dimensão dos riscos trazidos pelos defensivos agrícolas para esses insetos, que têm papel fundamental na natureza.

Diante da ameaça de extinção, pesquisadores têm buscado alternativas tecnológicas para substituir as abelhas, como robôs e drones, medidas extremamente caras e pouco efetivas.


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Edição: Sarah Fernandes