Rio de Janeiro

RECONHECIMENTO

Fórum Grita Baixada recebe Medalha Tiradentes em seus 10 anos na luta por direitos humanos

Iniciativa de homenagem ao movimento social da Baixada Fluminense é dos deputados Waldeck Carneiro e André Ceciliano

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Fórum Grita Baixada
Maior honraria do estado do Rio será concedida no ano em que movimento social completa 10 anos - Divulgação

O Fórum Grita Baixada (FGB), movimento social voltado a iniciativas por direitos humanos, justiça e uma política de segurança pública cidadã para a Baixada Fluminense, receberá na sexta-feira (29), às 10h, a Medalha Tiradentes, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A iniciativa é dos deputados estaduais Waldeck Carneiro (PSB) e André Ceciliano (PT).

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"A instituição defende o valor da vida humana, com especial destaque à dignidade da pessoa, por meio do qual todas as pessoas devem ser tratadas e julgadas de acordo com os seus atos, e não em relação a outras características que não têm incidência sobre aqueles atos, tais como raça, gênero, orientação sexual", disse Waldeck.

O Fórum Grita Baixada nasceu em 2012, em Nova Iguaçu, como um espaço de diálogo, formação e incentivo à organização, articulação e mobilização em torno da busca de soluções formuladas pela sociedade civil para questões sociais e de direitos humanos na Baixada, especialmente para o problema da letalidade violenta que mata jovens negros e pobres.

"Tem sido um período muito difícil para todos e todas que se dedicam à luta e defesa dos direitos humanos, especialmente nessa terra que tanto amamos, mas tão castigada como é a Baixada Fluminense. Receber a homenagem é um presente para a memória dos que lutam há décadas e uma força para as lutas que virão", afirma o coordenador executivo do Fórum Grita Baixada, Adriano de Araujo.

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Desde a sua criação, o FGB vem se consolidando como uma das principais organizações da Baixada na mobilização de forças sociais para o enfrentamento de problemas na região e também para a denúncia de violação em direitos humanos.

O movimento também tem contribuído com publicações de sistematização de dados sobre violência de Estado na Baixada e atualmente, em parceria com a UFRJ desenvolve uma pesquisa sobre cemitérios clandestinos e desparecimentos forçados.

Durante a pandemia, a organização ajudou a construir o primeiro plano municipal de direitos humanos de Nova Iguaçu e o primeiro serviço público municipal de atendimento psicossocial para mães e familiares de vítimas de violência de Estado e de desaparecimentos forçados, em parceria com a secretaria municipal de assistência social de Nova Iguaçu e o Departamento de Psicologia da UFRRJ.

A cerimônia de entrega da Medalha Tiradentes será no Auditório do Centro de Formação de Líderes (CENFOR), na Rua Dom Adriano Hipólito, 8, Moquetá, Nova Iguaçu.

Edição: Eduardo Miranda