Rio de Janeiro

MOBILIZAÇÃO

Sem reivindicações atendidas pelo prefeito Eduardo Paes, garis do Rio retomam a greve

Sindicato afirma que trabalhadores aceitaram negociar reajuste salarial de 15%, contra proposta original de 25%

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Garis do Rio se queixam de estarem há três anos sem reajuste salarial e pedem reposição de perdas por inflação - Tânia Rego/ Agência Brasil

Os trabalhadores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro, a Comlurb, retomaram nesta segunda-feira (4) a greve iniciada há uma semana, após não terem atendidas em mais uma assembleia com o sindicato da categoria as reivindicações apresentadas ao prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).

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Nesta tarde, o presidente do Sindicato das empresas de asseio e conservação do município (Siemaco-RJ), Manoel Meireles, disse em um vídeo nas redes sociais que, na manifestação de mais cedo, os trabalhadores autorizaram que o sindicato negocie reajuste de 15% dos salários e do tíquete alimentação. Na proposta original, a categoria pede 25% para fazer frente à inflação dos últimos três anos. 

No domingo (3), o sindicato criticou a Prefeitura do Rio ao lembrar que os trabalhadores deram uma pausa de três dias na greve por conta das chuvas que atingiram a cidade. "Quando suspendemos nossa greve para socorrer a população que sofre com as fortes chuvas, a Prefeitura não se dignou a reabrir o diálogo e apresentar uma proposta satisfatória para os empregados da Comlurb".

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No último sábado (2), a Comlurb obteve na Justiça uma ação para impedir que funcionários da companhia em cargos de gerência, além do presidente do sindicato, mantenham-se afastados em pelo menos 50 metros de qualquer posto de gerência na cidade. A multa por descumprimento dessa decisão é de R$ 10 mil.

Em vídeo, o presidente do sindicato considerou a decisão da Juíza Titular da 5ª Vara do Trabalho da Capital, Monica de Almeida Rodrigues, "ditatorial". "E o maior absurdo do mundo. Além de o sindicato já estar pagando R$ 200 mil por cada dia parado, cada trabalhador nessa ação paga R$ 10 mil. Nem na ditadura havia isso", disse Manoel Meireles.

Edição: Eduardo Miranda