Rio de Janeiro

CINEMA NACIONAL

Mostra de filmes brasileiros no CCBB-RJ tematiza o centenário da Semana de Arte Moderna

Exibição presencial tem mais de 50 filmes dos anos 1920 aos dias de hoje e conta com debates e palestras

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
bye bye brasil
O clássico "Bye Bye Brasil" (Cacá Diegues, 1980) está entre os filmes que serão exibidos na mostra - Reprodução

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro do Rio de Janeiro, celebra a partir da próxima quarta-feira (10) o centenário da Semana de Arte Moderna com a retrospectiva de filmes "Ecos de 1922 - Modernismo no cinema brasileiro". Até o dia 11 de abril, serão mais de 50 sessões presenciais de filmes, além de palestras e debates.

O recorte da mostra contempla longas, médias e curtas-metragens, num vasto recorte geográfico, temporal e conceitual, que vai de 1922 a 2021, de Roraima ao Paraná, e de intelectuais paulistas, como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, a artistas e pensadores indígenas contemporâneos, como Jaider Esbell e Denilson Baniwa.

Na abertura da mostra, na quarta-feira às 19h, será exibido o filme "Limite", obra de 1931 dirigida por Mário Peixoto, considerada como única na história do cinema brasileiro por sua estética vanguardista. A projeção do filme será acompanhada de música ao vivo com o pianista Tomás Improta.

Confira aqui a programação de filmes

Serão exibidos em película 35mm clássicos do cinema brasileiro, como os curtas da série "Brasilianas", de Humberto Mauro (1945–1956), "Terra em transe" (Glauber Rocha, 1967), "Como era gostoso meu francês" (Nelson Pereira dos Santos, 1971), "Iracema, uma transa amazônica" (Jorge Bodanzky e Orlando Senna, 1974), "Ladrões de cinema" (Fernando Coni Campos, 1977), "Mato eles?" (Sergio Bianchi, 1983) e "Tudo é Brasil" (Rogério Sganzerla, 1997).

Filmes raros, em cópias digitais especiais, também merecem destaque, como é o caso dos longas "Orgia ou O homem que deu cria" (João Silvério Trevisan,1970), "Mangue-bangue", (Neville de Almeida, 1971), "A$untina das Amérikas" (Luiz Rosemberg, 1976) e "Um filme 100% brazileiro" (José Sette, 1985).

É também o caso dos curtas "O ataque das araras" (Jairo Ferreira, 1969), "Bárbaro e nosso – Imagens para Oswald de Andrade" (Márcio Souza, 1969), "Herói póstumo da província" (Rudá de Andrade, 1973), "Alma no olho" (Zózimo Bulbul, 1974), "Há terra!" (Ana Vaz, 2016) e "Apiyemiyekî?" (Ana Vaz, 2019).

Ecos de 1922 - Modernismo no Cinema Brasileiro conta ainda com uma seleção de filmes “oswaldianos” de Rogério Sganzerla e de Júlio Bressane, como "Sem essa, Aranha" (Rogério Sganzerla, 1978), "Tabu" (Júlio Bressane, 1982), "Miramar" (Júlio Bressane, 1997) e "Tudo é Brasil" (Rogério Sganzerla, 1997), além dos curtas "Perigo negro" (Rogério Sganzerla,1992), "Quem seria o feliz conviva de Isadora Duncan?" (Júlio Bressane,1992) e "Uma noite com Oswald" (Inácio Zatz e Ricardo Dias, 1992) – este último com exibição em 35mm.

O CCBB-RJ fica na Rua Primeiro de Março, 66, no centro do Rio, próximo à Igreja da Candelária. A mostra tem ingressos entre R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira) na bilheteria do CCBB ou pela internet no site eventim.

Edição: Eduardo Miranda