Rio de Janeiro

TRAGÉDIA

MP-RJ vai investigar responsabilidades em ônibus arrastados nas chuvas de Petrópolis

Empresa Petro Ita informou que não conseguiu recuperar imagens de monitoramento interno dos veículos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
petrópolis chuva
Ônibus da empresa Petro Ita foram arrastados pela força da chuva e muitos passageiros não conseguiram se salvar - Reprodução/Redes sociais

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis, abriu investigação na última quinta-feira (3) para apurar as responsabilidades relacionadas aos dois ônibus da empresa Petro Ita que caíram no Rio Quitandinha, resultando em diversos mortos e feridos, no dia 15 de fevereiro, no município da região serrana.

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A promotoria requisitou que a Secretaria de Defesa Civil informe se havia agentes do referido órgão próximos ao local do incidente, controlando o acesso de veículos à rua Washington Luís. Em vídeos que circularam nas redes sociais, é possível ver os dois ônibus sendo levados da rodovia para o rio.

Em relação à Viação Petro Ita, o MP solicitou os protocolos da empresa no que se refere a situações de pânico e incêndio, além da indicação de quem eram os motoristas e cobradores dos ônibus. Segundo o MP, o objetivo do inquérito é coletar informações, depoimentos, documentos e realizar outras diligências para subsidiar eventual ajuizamento de ação civil pública.

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Em nota, a Petro Ita informou que não conseguiu recuperar as imagens do circuito de monitoramento interno dos dois ônibus para entregar ao MP e afirmou que "a empresa, assim como seus colaboradores, passageiros e toda a população petropolitana, foram vítimas de uma catástrofe natural imprevisível".

Mais chuvas

Nesta sexta-feira (4), houve mais registro de chuvas fortes em Petrópolis e o rio Piabanha, que transbordou no último dia 15 arrastando carros na região, voltou a ficar com limite acima do normal apesar do curto período de tempo da tempestade. 

As chuvas de fevereiro provocaram a morte de mais de 230 pessoas na cidade. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros continuam as buscas por pessoas que ainda estão desaparecidas. Uma das regiões mais afetadas pelos deslizamentos de terra no município serrano foi o Morro da Oficina, onde estiveram concentradas boa parte das operações de resgate.

Edição: Eduardo Miranda