Rio Grande do Sul

Homenagem

Movida Schlee - Festa Literária faz homenagem ao escritor Aldyr Garcia Schlee

Evento acontece neste sábado (18), a partir das 16h, no Mercado Central de Pelotas, com inauguração do Espaço Schlee

Brasil de Fato | Pelotas |
O escritor e editor de Edições Ardotempo Alfredo Aquino apresenta uma intensa programação cultural em memória do escritor Aldyr Garcia Schlee - Divulgação

Neste sábado (18), das 16h às 22h, acontece a Movida Schlee - Festa Literária no Mercado Central de Pelotas. O evento, idealizado pelo artista plástico, escritor e editor de Edições Ardotempo Alfredo Aquino, apresenta uma intensa programação cultural em memória do escritor Aldyr Garcia Schlee (1934-2018). Na ocasião também ocorre a inauguração do Espaço Schlee. 

Na Movida Schlee também serão lançados 16 livros novos de 7 autores premiados recentemente. Ayalla de Aguiar (premiada agora em Portugal), Mariana Ianelli (Prêmio Minuano 2021), Cleonice Bourscheid (Luxembourg Art Prize - Mérito Artístico), João Félix Soares Neto, Luiz Carlos Vaz, Paulo Rosa e Martim César (Prêmio Pindorama 2021 - UFPel / Unipampa / UFSM). 

Também serão lançadas canções inéditas sobre a obra literária de Schlee. E, ainda, um Sarau Visual - ExpoPhotos do fotógrafo Gilberto Perin e shows do Náufragos Urbanos, Maurício Barcellos, Sulimar Rass e Paulo Timm.

Ao falar do homenageado, Aquino observa que Schlee estimulava a todos, escrevia como ninguém, estava sempre imaginando algo novo para acontecer no momento em que todos estavam parados. “Essa é a motivação da Movida Schlee, reunir escritores, artistas, músicos e poetas, mostrar seu trabalho, apresentar suas criações, fazer circular suas palavras e suas escritas, a sua poesia e a sua música, as suas imagens e seus filmes. Schlee faz falta, muita falta. Disso sabemos a cada dia que passa. Esse é o motivo dessa lembrança e aos seus livros, do estímulo aos seus colegas escritores e criadores. Os seus livros estão aí para serem lidos e redescobertos em seu Universo infindável”, afirma. 

Sobre o homenageado 

Nascido em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, a 22 de novembro de 1934, sobre a fronteira com o Uruguai, Aldyr Garcia Schlee foi escritor fronteiriço e tradutor bilíngue, que escreveu e publicou sua obra tanto em português como em espanhol. Com larga carreira no jornalismo, nas artes gráficas e no magistério superior do Brasil, foi desenhista profissional (vencedor, em 1953, de concurso nacional para a escolha do uniforme da Seleção Brasileira de Futebol), jornalista (ganhador do Prêmio Esso de Reportagem, em 1962) e Doutor em Ciências Humanas. Atuou por mais de 30 anos em várias áreas de seu conhecimento na Universidade Federal de Pelotas (onde chegou a Pró-Reitor de Extensão e Cultura) e na Universidade Católica de Pelotas (onde fundou o Curso de Jornalismo), concluindo sua carreira universitária como professor-visitante do Programa de Pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre.

Depoimentos:

“Creio que a Movida Schlee será um momento que marcará época, tanto pela ideia do evento em si, unindo diversas artes: músicos, escritores, projetistas visuais, em um local tão cultural como é o Mercado Público pelotense, bem como pelo escritor homenageado, um dos maiores do nosso tempo e da nossa região do planeta. Quanto ao meu vínculo com Aldyr Garcia Schlee, posso relatar que é oriundo de duas vias - como também dois lados tem a nossa fronteira – primeiro, por sermos conterrâneos, nascidos ambos sobre a linha divisória da América de língua portuguesa (Brasil) com a América de Língua espanhola (Uruguai). E, em segundo lugar, por tê-lo como um mestre inigualável, de mesmo sentido sobre a vida, e que sempre apoiou meus escritos, demonstrando assim sua generosidade habitual.”

Martim César

“Convivi com o Schlee por quase 50 anos. Recebi dele, e da Marlene, sempre muito carinho e atenção, de forma que me fiz leitor junto com a família Schlee. Ele fez o prefácio do meu primeiro livro, o de fotografias, e fez parte da minha banca de Mestrado. Agora, participar dessa programação da Ardotempo, a Movida Schlee, junto com outros tantos renomados autores, é motivo de muito orgulho para mim. Tenho certeza que o Schlee também está muito orgulhoso de todos nós. Alguns são suas "crias", muitos, seus amigos de décadas... e, certamente, todos nós, somos seus leitores e admiradores.”

Luiz Carlos Vaz

“Escrever sobre o Schlee é escrever sobre um homem múltiplo: contista, ensaísta, doutor em ciências humanas, desenhista, acima de tudo um grande contador de histórias. Amigo necessário, amigo múltiplo!”

Cleonice Bourscheid

“Esse evento parece vir aplacar nossa sede de vida cultural, depois de tanto tempo de confinamento. E a festa ser uma homenagem ao Schlee é também chamá-lo para estar aqui de novo, entre nós, com seus livros. É em torno dessa vida dos livros que nos reunimos. Sou leitora dos contos de Schlee. Também tive o prazer de escrever um poema em homenagem a ele para o livro “Conte-me um conto, mas que seja lindo e feio como a vida” (Ed. Ardotempo, 2019).”

Mariana Ianelli 


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Edição: Katia Marko