Não existe possibilidade de se prever o que vai acontecer no próximo sábado (27), em Montevidéu
Rubro-negros e palmeirenses do céu e da terra vão estar com os nervos à flor da pele no próximo sábado (27), com a decisão da Copa Libertadores da América. Esta, meus amigos, é a única certeza que este colunista tem sobre o confronto dos últimos dois campeões do torneio interclubes mais importante do continente.
Qualquer outra coisa a ser dita sobre o último capítulo da busca pela “Glória Eterna” não passa de uma mera tentativa frustrada de se transformar no Professor Xavier por alguns minutos e “ler a mente” de Abel Ferreira e Renato Gaúcho. Simplesmente porque esta é a decisão mais imprevisível de todos os tempos.
De um lado temos um Palmeiras mais inteiro e mais organizado taticamente e que conta com quase toda a base do título de 2020, conquistado em cima do Santos. Por mais que o Verdão não venha de bons resultados no Brasileirão, a impressão que fica é a de que Abel Ferreira sempre tem uma carta na manga, um trunfo escondido naquela pranchetinha.
Lembram dele pedindo calma e concentração para seus jogadores depois que o Atlético-MG abriu o placar no jogo de volta das semifinais? Pois é.
E do outro temos um Flamengo completamente dependente do talento individual dos seus jogadores. Não que isso seja ruim, mas o grande problema está naquele momento em que Renato Gaúcho precisa fazer uma alteração mais tática, surpreender seu adversário. E os desfalques dos últimos jogos da equipe no Brasileirão escancararam a mesmice do treinador rubro-negro na hora de mexer no time.
Fora o fato de que a transição defensiva é um dos problemas mais graves do Flamengo comandado por Renato Gaúcho. Justo um dos pontos que pode ser explorado à exaustão pelo contra-ataque altamente organizado do Palmeiras de Abel Ferreira.
O que isso quer dizer? Absolutamente nada.
Pode ser que o Fla se imponha na base da qualidade individual. Pode ser que o Palmeiras domine o jogo com organização e intensidade nos contra-ataques. E pode ser que o jogo se arraste até uma decisão por pênaltis.
Seja como for, é sim a decisão mais imprevisível de todos os tempos. Não existe possibilidade de se prever o que vai acontecer no próximo sábado (27).
A despedida de uma lenda
Eu gostaria que as pessoas tivessem apenas um pouco de noção do que vai acontecer nessa quinta-feira (25) em Manaus. Miraildes Maciel Mota, a incrível Formiga, vai se despedir da Seleção Brasileira no jogo entre Brasil e Índia, válido pelo Torneio Internacional de Futebol Feminino. Estamos falando da única atleta em todo o mundo a participar de sete Copas do Mundo e sete edições de Jogos Olímpicos.
É uma lenda que pendura as chuteiras. É o fim de uma das eras mais vitoriosas da história da modalidade no Brasil. É até difícil encontrar as palavras, já que Formiga praticamente se transformou em sinônimo de Futebol Feminino aqui por estas bandas.
Eu só gostaria de dizer que não estou pronto para isso. Ver a Seleção Feminina em campo e não ver Formiga vestindo a camisa 8 vai ser, no mínimo, estranho.
Edição: Eduardo Miranda