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"Marcha pacífica" é mais uma tentativa de golpe brando contra o regime cubano

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A manifestação está marcada para o dia 15 de novembro, por uma "coincidência", exatamente a data em que Cuba reabre seu turismo internacional - Yamil Lage / AFP
O grupo, apoiado pela plataforma “Arquipélago", pertence ao contrarrevolucionário Yunior Garcia

*Carmen Diniz

Esta semana o assunto mais comentado em relação a Cuba é uma tal de "marcha pacífica" convocada por contrarrevolucionários e que não passa de  mais uma tentativa de “golpe brando”. Mais um ataque ao sistema de governo e contra o povo cubano. O grupo, financiado e apoiado por uma plataforma que se denomina “Arquipélago", pertence ao contrarrevolucionário Yunior Garcia, atual marionete do governo estadunidense.

A manifestação está marcada para o dia 15 de novembro, por uma "coincidência", exatamente a data em que Cuba reabre seu turismo internacional e em que crianças, adolescentes e jovens retornam às aulas presenciais. 

Em uma demonstração de quão pacífica será (seria?) a manifestação, exibem o cartaz de convocação que mostra imagens de violência – a que o povo cubano sequer está acostumado – e que remete a outro ato ocorrido em julho deste ano nada pacífico. 

O fato é que o ardil que utilizaram foi pedir autorização a diferentes autoridades para uma manifestação com a finalidade de 'mudar o regime cubano'.

Seria o mesmo que uma manifestação aqui no Brasil pedisse autorização para alterar uma cláusula pétrea da Constituição Brasileira, por exemplo, o fim do voto secreto, direto e universal, o fim da separação dos poderes, a forma federativa brasileira, os direitos e garantias individuais. Nenhum desses assuntos pode ser sequer objeto de emenda complementar.   

Em fevereiro de 2019, Cuba aprovou sua Constituição por meio de um plebiscito em que 86,85% dos cubanos disseram sim ao texto após meses de discussão entre toda a população.

Ali se inseriu a cláusula pétrea da irrevogabilidade de seu sistema político: o socialismo. 

Ou seja, não há como conceder permissão para esse ato ilegal. Ao mesmo tempo se estranha que se use a Constituição (liberdade de expressão) contra a própria Constituição (fim do socialismo). A propósito daí já se extrai um princípio importante: democracia, senhores contrarrevolucionários, é aceitar a vontade da maioria, não é mesmo? Mas como a negativa foi em Cuba, a mídia rotula como censura, autoritarismo, etc, a gente já sabe como funciona.

Uma explicação resumida e simples pode ser vista neste vídeo:

 

É de conhecimento público que todas as tentativas, atentados, atos terroristas que acontecem há mais de seis décadas em Cuba são atos apoiados e financiados pelos sucessivos governos estadunidenses que não aguentam um país socialista bem embaixo de “seus narizes”. O bloqueio é a prova cabal disso. Não há qualquer razão objetiva para exercer esse genocídio sobre o povo cubano, especialmente durante uma pandemia. É revoltante.

Aparece agora um novo e admirável personagem nessa história do 15N: um médico oncologista prestigiado, o doutor Carlos Leonardo Vázquez González vai a público em um programa da TV cubana e se apresenta como o agente "Fernando" da segurança cubana. A exemplo de outros heróis (como os cinco cubanos por exemplo) dedicou 25 anos de sua vida atuando como infiltrado entre os contrarrevolucionários nos EUA.

Uma revelação incrível e oportuna. Ele revela publicamente as provas incontestáveis de vínculos de terroristas estadunidenses com claro, Yunior Garcia.

Aparece agora um novo e admirável personagem nessa história do 15N: um médico oncologista prestigiado, o doutor Carlos Leonardo Vázquez González/ Reprodução

A revelação faz com que se comprove a intenção real dos organizadores da tal "marcha pacífica” frente ao mundo inteiro. Entidades de Solidariedade a Cuba do Brasil e em todo o mundo planejam atividades, atuação nas redes sociais e um “tuitaço” no dia 15, com hashtags: #EsaNoEsMiMarcha e #CubaEsUnContinente.

Claro que os cubanos (como nós brasileiros) adoram fazer piada com tudo e já inventaram um meme:  


"Declaram o 16N Dia Mundial da Decepção! O ato central será realizado em Miami...", diz o meme /Arte: Gerardo Hernández

De qualquer forma, todos estão atentos aos acontecimentos. A ideia é ficar alerta para poder combater os atos desses que egoisticamente só pensam eu seu próprio benefício (e em alguns dólares) a fim de levar de volta o capitalismo a Cuba.

*Coordenadora do Capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos.

**Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Mariana Pitasse