Rio Grande do Sul

INFLAÇÃO

Cesta básica em Porto Alegre sobe 1,16% em setembro e já acumula 21,62% em um ano

Segundo Dieese, valor da cesta na capital gaúcha foi de R$ 673,45, atrás apenas de São Paulo que fechou em R$ 673,45

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Em 12 meses, as maiores altas foram no açúcar (60,38%), na batata (47,49%), no café (40,17%), na carne (35,49%) e no óleo de soja (33,74%) - Antonio Cruz/Agência Brasil

A inflação segue corroendo o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras e elevando o preço dos alimentos. Conforme levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica em Porto Alegre teve um aumento de 1,16% em setembro, fechando em R$ 673,45. Desde o início de 2021, a alta acumulada é de 9,21%.

A capital gaúcha, que desde maio tinha a cesta básica mais cara entre as 17 capitais que fazem parte da pesquisa, perdeu o posto para São Paulo, que fechou setembro com a cesta custando R$ 673,45. Segundo o levantamento, 11 capitais registraram aumento no último mês, enquanto nos últimos 12 meses todas tiveram aumento, com destaque para Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

Açúcar, batata, café, carne e óleo de soja acumulam maiores altas

Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, sete ficaram mais caros em Porto Alegre: o tomate (14,50%), a batata (8,62%), o café (7,62%), o açúcar (4,51%), o óleo de soja (1,77%) a farinha de trigo (1,64%) e a manteiga (0,70%). Em sentido contrário, seis itens registraram redução de preço: o arroz (-5,79%), a banana (-3,67%), o feijão (-1,05%) a carne (-0,79%), o leite (-0,72%) e o pão (-0,38%).

De janeiro a setembro de 2021, nove produtos ficaram mais caros: o açúcar (50,54%), tomate (38,35%), o café (32,17%), a farinha de trigo (19,78%), a carne (16,81%), o pão (9,63%), o feijão (8,74%), o leite (8,84%) e a manteiga (7,48%). Por outro lado, quatro itens estão mais baratos: a banana (-25,42%), a batata (-22,77%), o arroz (-15,24%) e óleo de soja (-1,01%).

Em doze meses, 11 itens da cesta registraram aumento de preços, sendo as maiores altas verificadas no açúcar (60,38%), na batata (47,49%), no café (40,17%), na carne (35,49%) e no óleo de soja (33,74%).

Salário mínimo deveria ser 5,14 vezes maior

Com base na cesta mais cara que, em setembro, foi a de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.657,66, o que corresponde a 5,14 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em agosto, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.583,90.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em setembro, ficou em 115 horas e 02 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em agosto, quando foi de 113 horas e 49 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 56,53% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 55,93%.


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Edição: Marcelo Ferreira