Minas Gerais

OLIMPÍADAS

EDITORIAL | Apesar do Bolsonaro, o Brasil vai vencer

Nossos atletas mostram que apesar do Bolsonaro, o Brasil pode e vai vencer

Belo Horizonte |
O desempenho dos brasileiros e brasileiras até aqui tem sido um sopro de esperança, vida e energia em um Brasil que vem sendo destruído. - Reprodução EBC

O encerramento dos jogos Olímpicos de Tóquio acontece domingo, dia 08. Mas o desempenho dos brasileiros e brasileiras até aqui tem sido um sopro de esperança, vida e energia em um Brasil que vem sendo destruído desde o golpe de 2016, e que se aprofunda com a política genocida do Bolsonaro. 

Esse bom desempenho nada tem a ver com investimentos do governo no esporte. Ao contrário, o que se vê é um desmonte das políticas esportivas desde o golpe. No último ciclo olímpico (2017/2021), período que corresponde ao intervalo entre olímpiadas e a principal fase de preparação dos competidores, os recursos do Programa Bolsa Atleta reduziram em 17%. O programa, criado em 2005 no governo Lula, é responsável pelo financiamento de 80% da delegação brasileira e promoveu uma nova geração de atletas no esporte de alto rendimento. 

Com Bolsonaro, não há esporte, não há país, não há futuro

Nos últimos dois anos o governo não abriu edital para novos financiamentos e os valores das bolsas não foram reajustados. Lembremos que uma das primeiras medidas do presidente foi extinguir o Ministério dos Esportes, responsável pela articulação das políticas nos Estados e Municípios. 

Bolsonaro também vetou os pontos do Projeto de Lei 2824/2020 que previam assistência aos esportistas e trabalhadores do setor durante a pandemia da covid-19. Com o veto, deixou em dificuldades vários atletas que precisam de dedicação exclusiva, mas não conseguiram pois precisaram de complementar a renda trabalhando. A maratonista Vitória Rosa, por exemplo, chegou a Tóquio sem patrocínio e com salário reduzido, ainda assim fez o sexto melhor tempo na prova de 200m. 

Superando toda falta de apoio, nossos atletas são esperança


Superando toda falta de estrutura e financiamento, nossos atletas mostram que apesar do Bolsonaro, o Brasil pode e vai vencer. Esses atletas, negros e negras, LGBT, nordestinos, mulheres e jovens, muitos vindos da periferia do nosso país, são o futuro que o nosso país precisa. Mostram uma alegria e superação, um espírito muito diferente daquela que o governo genocida prega. Queremos um país com direitos e alegria, enquanto Bolsonaro quer armas, rancor, medo e morte.

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O povo que encheu o coração de orgulho e esperança com a vitória dos nossos atletas em Tóquio, está convidado a ir às ruas derrotar os golpistas e levantar nossa bandeira para comemorarmos não apenas medalhas, mas as conquistas de direitos e da nossa soberania. Com Bolsonaro, não há esporte, não há país, não há futuro. Nos lembremos da música e poesia de Gozanguinha: "Nós podemos tudo. Nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será!"

 

Edição: Elis Almeida