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Do Complexo da Maré, boxeador Wanderson Oliveira é uma das apostas brasileiras nas Olimpíadas

Pugilista carioca disputa vaga nas quartas de final o contra atleta bielorusso Dzmitry Asanau neste sábado (31)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Nascido em Nova Holanda, uma das maiores favelas da Maré, Wanderson teve contato com o boxe através de um projeto social - Wander Roberto/ COB

Do Complexo da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro, direto para Tóquio, o atleta Wanderson de Oliveira, de 24 anos, é uma das apostas do boxe brasileiro nos Jogos Olímpicos. Wanderson estreou com vitória no último domingo (25) contra o atleta sírio Wessam Salama e agora está nas oitavas de final da categoria peso leve masculino, que reúne atletas com até 63 quilos. 

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Quinto colocado no Campeonato Mundial de 2019 e 11º colocado no ranking mundial, o brasileiro dominou a primeira luta nos jogos e ganhou por decisão unânime. A próxima disputa de Wanderson acontece no sábado (31), a partir das 6h da manhã, no horário de Brasília, contra o pugilista bielorusso Dzmitry Asanau.

Nascido em Nova Holanda, uma das maiores favelas da Maré, Wanderson teve contato com o boxe através de um projeto social, chamado Luta pela paz. Desde então não parou mais, como contou em entrevista ao jornal Voz das Comunidades, antes de embarcar para o Japão.

“Eu conheci o boxe quando tinha 12 anos de idade. Naquele tempo, eu jogava bola pelo projeto Luta pela Paz,que acontece na Maré e um certo dia entrei em um espaço que tinha um ‘saco’ de luta e um conhecido meu, que vivia tirando uma onda da gente, estava ali treinando. Então, eu e outros amigos decidimos entrar no boxe para mexer com ele também. Com o tempo, ele e meus amigos foram saindo do esporte, mas eu não. Realmente tinha encontrado algo que gostava”, disse.

Morando em São Paulo desde que passou a integrar a Seleção Brasileira, o atleta ainda destacou na entrevista que a preparação para os Jogos Olímpicos vem de anos de dedicação. “A gente vem se preparando há anos para as Olimpíadas. É um sonho”, afirmou.

Edição: Mariana Pitasse