Rio Grande do Sul

MEMÓRIA

Curso gratuito abordará Caminhos da Ditadura em Porto Alegre

De acordo com Comissão Nacional da Verdade, o RS foi o estado com maior número de locais de repressão

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Os encontros acontecerão de forma virtual e presencialmente - Divulgação

O Rio Grande do Sul, segundo a Comissão Nacional da Verdade, foi o estado com maior número de locais de repressão no período ditatorial (1964-1985). Mesmo assim, são poucas as iniciativas que propõem uma reflexão sobre esses espaços de memória nas cidades gaúchas. Diante disso, a historiadora e mestranda em História na UFRGS Anita Carneiro, criadora do mapa virtual Caminhos da Ditadura em Porto Alegre, ministrará o curso gratuito “Caminhos da ditadura em Porto Alegre: construindo um trajeto de memória na cidade". 

A atividade tem como objetivo refletir sobre o patrimônio da ditadura civil-militar (1964-1985) a partir dos espaços da capital gaúcha. Assim como fomentar a discussão sobre violação de direitos humanos praticados pelo Estado durante o regime e na atualidade.

De acordo com Anita, torna-se fundamental pensar em um ensino sobre ditadura a partir dos espaços da cidade, que exprimem memórias latentes ou ocultas sobre o período, pois somos levados a refletir sobre violação dos direitos humanos perpetrados pelo Estado durante o regime ditatorial e no presente. “A ferramenta que orienta, então, a criação do trajeto de memória é o mapa digital Caminhos da Ditadura em Porto Alegre, em que, até o momento, tem mais de 200 locais ligados à resistência e à repressão na capital gaúcha mapeados”, aponta.

Os encontros síncronos acontecem às terças-feiras, das 18h30 às 20h30, de 3 de agosto até 28 de setembro. Já as atividades presenciais, que ocorrerão ao ar livre, serão realizadas aos sábados, das 9h às 12h, no período de 2 a 30 de outubro.

As inscrições seguem abertas até o dia 26 de julho pelo endereço: doity.com.br/caminhosdaditaduraemportoalegre. A divulgação do resultado dos participantes selecionados ocorre no dia 28 de julho.

A inscrição será confirmada mediante aprovação da carta de intenção. A carta de intenção corresponde a escrita de uma página, no máximo, explicando porque gostaria de participar do projeto. Não há pré-requisito e não é necessário ser da área da História para participar. A proposta é que o grupo seja interdisciplinar nas mais diversas formas (diversos níveis de educação, áreas de atuação, idades, etc.), o principal é que a pessoa se interesse pelos temas: direitos humanos, ditadura civil-militar e patrimônio.


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Edição: Marcelo Ferreira