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Agência reguladora do RJ confirma que Supervia não poderá reajustar tarifa dos trens

Passagem de R$ 5,90 passaria a ser a mais cara do Brasil; concessionária alega prejuízos na pandemia

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Trem Supervia
Concessionária opera na capital fluminense e em mais 11 municípios do estado do Rio - André Gomes de Melo/GERJ

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) decidiu nesta segunda-feira (12) manter a decisão liminar de não autorizar o reajuste da tarifa dos trens da concessionária Supervia.

Com isso, o valor da passagem para os trens que operam na região metropolitana do Rio continuará em R$ 5. A Supervia reivindicava reajuste da tarifa para R$ 5,90, o que tornaria a passagem do Rio a mais cara em transporte ferroviário no Brasil.

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No voto, o conselheiro-presidente Murilo Leal alegou que a decisão teve o objetivo de assegurar o interesse público e evitar possíveis prejuízos aos passageiros, com a tarifa no valor de R$ 5,90, como pleiteava a Supervia.

A Agetransp informou que foi aberto processo regulatório para tratar a negociação entre a concessionária e o governo estadual, a respeito dos prazos para elaboração de nova metodologia de reajuste de tarifa e eventuais compensações para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da concessão.

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No início de junho, após anunciar prejuízo de R$ 1,2 bilhão, a Supervia entrou com um pedido de recuperação judicial para negociar o pagamento da dívida. A concessionária alega que desde março de 2020 acumula perdas de aproximadamente R$ 500 milhões e que a pandemia da covid-19 reduziu de 600 mil para 300 mil o número de passageiros diários.

Edição: Eduardo Miranda