Rio de Janeiro

Aliança

“Queremos fazer uma grande aliança para derrotar Bolsonaro no Rio”, afirma Freixo

Em live, parlamentar argumenta que saída do Psol foi necessária para construir uma frente ampla da esquerda no estado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O deputado federal Marcelo Freixo comentou a decisão de sair do Psol e se filiar ao PSB em uma live nas redes sociais - Foto: Ricardo Stuckert

No início da tarde  desta sexta-feira (11),  após anunciar a sua saída do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o deputado federal Marcelo Freixo comentou a decisão em uma live nas redes sociais. O parlamentar, que estava no Psol desde a sua fundação há 16 anos, vai se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) com o objetivo de disputar o governo do estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2022.

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Segundo Freixo, a decisão pela mudança de partido não foi simples, mas está justificada no plano de construir uma frente ampla da esquerda no pleito eleitoral do ano que vem. 

“Essa foi uma decisão acompanhada de muita dor porque tenho um afeto muito profundo pelo Psol e por tudo o que construímos. Foi um lugar de muita luta, muita história, muitas utopias, muitos sonhos, tudo o que foi o melhor possível. Portanto, essa não é uma decisão fácil. O mais importante é que essa é uma saída para construir uma alternativa política em que o Psol também fará parte”, afirmou o parlamentar. 

Para construir essa frente ampla a que Freixo se refere, o parlamentar não havia encontrado apoio do Psol, por isso, sua desfiliação foi acordada com a cúpula nacional do partido.

Na última quinta-feira (10), Freixo se reuniu no Rio com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com os deputados federais Alessandro Molon (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB). O Partido dos Trabalhadores (PT) e Lula vem apoiando Freixo ao longo dos últimos meses e sinalizando que estão abrindo mão de candidatura própria no estado. Segundo Freixo detalhou na live, a conversa com o PT tem sido cotidiana.

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“Estou aberto ao diálogo sobre o Rio e o Brasil. Estive com o Lula ontem, estamos sempre conversando, é muito importante essa conversa com todo o campo progressista. Esse não é um projeto pessoal, é um projeto coletivo. Estou abrindo mão de uma reeleição como deputado federal, para me colocar meu nome à disposição de uma frente que venha a derrotar o fascismo, que venha a derrotar as milícias, que venha a derrotar os responsáveis por esse caos absoluto que está instaurado no Rio, mas para isso nossas ações precisam ser compatíveis com o tamanho do desafio que estamos enfrentando”, disse. 

Escolha pelo PSB

Sobre a escolha do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Freixo afirmou que foi muito amadurecida e que está pautada na reestruturação do partido, com o comprometimento de uma agenda mais à esquerda.

“O PSB tem uma tradição de luta muito grande, que vem do Arraes, muito forte no nordeste. Todas as minhas conversas são para uma reestruturação do partido. Isso me anima. Não podemos disputar marcando posição, precisamos de todo mundo, quem tem compromisso com a democracia, com o povo pobre, contra o crime organizado. Porque não é só ganhar, é governar o Rio de Janeiro. Por isso precisamos de muita gente”, afirmou.

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Freixo lidera as intenções de voto para a eleição de 2022 ao governo do estado do Rio, segundo o Paraná Pesquisas, divulgada no início do mês de junho. O parlamentar lidera a preferência do eleitorado em três dos quatro cenários elaborados pelo instituto, sendo o principal deles: contra a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que aparece com 23,1%, contra o governador Cláudio Castro (PSC), que figura com 16,3% e contra o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, nome que pode ser apoiado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), que aparece com 2,1%.

Edição: Mariana Pitasse