Sustentabilidade

Contra a fome e pela Reforma Agrária, artistas se unem no Dia da Luta Camponesa

Caetano Veloso, Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Bela Gil, entre outros, denunciam agravamento da fome no Brasil

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome durante a pandemia do coronavírus no Brasil - MST_MA

Neste 17 de abril, comemora-se o Dia Internacional da Luta Camponesa. Ao mesmo tempo, a data marca os 25 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 trabalhadores rurais foram assassinados, na curva do S, em Eldorado do Carajás, sudeste do Pará. 

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Como um ato simbólico para relembrar a memória desses trabalhadores e a missão da luta camponesa, a convite do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), diversos artistas participaram da gravação de um vídeo com o tema “Basta de morte, queremos Reforma Agrária".

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Caetano Veloso, Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Bela Gil, Mari Lima, Antonio Pitanga, Caco Ciocler, Kike Diaz e Bel Coelho participam da mensagem .

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O objetivo é mostrar como a agricultura desenvolvida pelos trabalhadores rurais, no âmbito da Reforma Agrária, é essencial para o desenvolvimento sustentável do país, ainda mais em tempos como os atuais, de crise econômica e sanitária e aprofundamento das desigualdades sociais.

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Assista ao vídeo

Fome no Brasil

Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome durante a pandemia do coronavírus no Brasil. Uma pesquisa realizada entre outubro e dezembro do ano passado mostra que mais de 125 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no período.

Isso significa que mais da metade dos domicílios brasileiros sofreu algum tipo de privação. Segundo o estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), o índice exato de famílias nessa situação chegou a 55,2%.

A conclusão é de que o aumento da fome no Brasil está mais acelerado nos últimos anos. Entre 2018 e 2020 a alta foi de 27,6% ao ano. Entre 2013 e 2018, esse ritmo não passava de 8%.

Não é de agora que o alerta sobre o problema passou a ser preocupação de organizações e movimentos sociais. Em 2018, a ActionAid já chamava atenção para as consequências do empobrecimento acelerado da população.
 

Edição: Leandro Melito