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Campanha de enfrentamento da violência contra a mulher percorre cidades pernambucanas

A ação é realizada pelo Centro das Mulheres do Cabo em parceria com o COMFEM e a Articulação das Mulheres da Mata Sul

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da violência contra a mulher são uma iniciativa do Centro das Mulheres do Cabo (CMC) - ASCOM CMC

Desde o último dia 25, que é marcado pelo Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, organizações de mulheres voltadas para luta feminista vem realizando ações nas cidades da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata de conscientização sobre as formas de violência e como realizar denúncias com base na Lei Maria da Penha. 

Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da violência contra a mulher são uma iniciativa do Centro das Mulheres do Cabo (CMC) em parceria com a Associação Mulheres em Ação (AMA), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Comitê de Monitoramento da Violência e do Feminicídio no Território Estratégico de Suape (COMFEM) e a Articulação das Mulheres da Mata Sul.

Andreza Romano, Associação Mulheres em Ação (AMA) denuncia os diversos tipos de violências cometidas contra as mulheres periféricas, a exemplo da Vila Nova Claudete, localizada na periferia do Cabo de Santo Agostinho, que conta com 2.600 residências entregues há cerca de um ano atrás e que foi uma das cidades ecolhidas para a ação. “A falta de emprego, de vagas nas escolas públicas é uma violência contra a mulher, o armário vazio também é uma violência, porque tudo que agride nossos filhos e nossa família é uma forma de violência contra a mulher. Hoje, estamos aqui, para combater a violência física e os maus tratos na nossa comunidade, pois não vão vamos nos calar”, afirmou a presidenta da AMA.

Para a coordenadora geral do CMC, Nivete Azevedo, a rede de apoio tem um papel fundamental na segurança das mulheres que decidem denunciar “Saibam que vocês não estão sozinhas, porque existe a Lei Maria da Penha que é uma conquista para todas as mulheres que estão passando por situação de violência. Temos que denunciar cada vez mais e ser solidárias as vizinhas, amigas e parentes que estejam passando por essa situação”, alertou Nivete.

Nos atos são distribuídos materiais pedagógicos, como a cartilha sobre a Lei Maria da Penha aos moradores. A ação já foi realizada pelo CMC nas cidade de Rio Formoso, Ribeirão, Água Preta, Joaquim Nabuco, Jaboatão dos Guararapes e ainda acontecerá em Catende (02/12), Escada (02/12), Sirinhaém (07/12) e Palmares (10/12).

 

Edição: Vanessa Gonzaga